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Publicado em 21 de novembro de 2025 às 14:43
Já olhou para aquele anúncio com valores baixíssimos e pensou: “será que é verdade?”. Esse questionamento pode parecer bobo, mas faz toda a diferença para evitar golpes. Seja na loja física ou online, o período de Black Friday exige cuidados que devem ser tomados pelo consumidor na hora de efetuar suas compras.>
Segundo a diretora-geral do Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), Letícia Coelho Nogueira, nesse período do ano a atenção deve ser redobrada em meio a tantas ofertas. “Quando a pessoa conhece o preço praticado normalmente, ela consegue acender um alerta ao ver algo com valor muito abaixo do 'normal'. Isso ajuda a identificar golpes e também entender se há juros ou financiamentos embutidos”, afirma.>
Entre os golpes mais comuns estão os boletos falsos e sites que imitam páginas oficiais de grandes lojas. O órgão também orienta o consumidor a observar selos de verificação em perfis oficiais, conferir dados do Pix e checar se a promoção divulgada em redes sociais existe no site oficial da marca.>
“Hoje, quando clicamos em um link, não é mais só risco de vírus; é risco de clonarem cartão, telefone e identidade. Além de registrar boletim de ocorrência, o consumidor deve alterar imediatamente todas as senhas”, recomendou Letícia.>
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O monitoramento de práticas enganosas também é uma frente de atuação do Procon. Casos de “maquiagem de preços”, como a famosa “metade do dobro” — quando o preço é aumentado antes do evento e depois aparece como promoção —, podem acontecer de maneira velada nas empresas.>
Em situações assim, o Procon notifica a empresa e solicita notas fiscais de compra e venda dos últimos três meses para verificar a possível infração. “Uma panela anunciada de R$ 1.000 por R$ 399 pode parecer um grande desconto, mas se esse já é o valor comum de mercado, a oferta é enganosa”, explica a diretora.>
Comprou alguma coisa? Guarde todas as evidências possíveis. Até que o produto chegue na sua casa em boas condições, mantenha a desconfiança. é importante guardar prints da oferta, conversas com vendedores e o link da página onde a promoção foi publicada. “Se o site sair do ar, conseguimos localizar a oferta pelo link. Quanto mais provas, mais rápido é o processo investigativo”, conclui Letícia.>
As reclamações podem ser feitas pelo site do Procon-ES, que conta com um formulário específico, ou pelo e-mail [email protected].>
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