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Publicado em 12 de março de 2023 às 15:55
Quem tem antena parabólica analógica, convencional, precisará fazer a substituição do equipamento com a ativação do 5G, a nova geração de internet móvel, que já começa a chegar a diversas cidades do Brasil, inclusive no Espírito Santo. >
Isso se deve ao fato de que o 5G vai operar principalmente na faixa de 3,5 GHz. As faixas são as frequências por onde a rede é ativada e funcionam como uma “estrada” no ar, por onde circulam os dados.>
Como o sinal das parabólicas antigas funciona em uma frequência muito próxima, pode haver interferência no sinal da TV nos locais em que a nova geração de internet já estiver disponível. É o caso de Vitória, por exemplo. >
Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha também já foram autorizadas a receber o sinal do 5G, segundo lista divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A oferta em outros municípios será feita de forma gradual.>
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Para evitar prejuízos ao serviço, a agência estabeleceu um prazo de 18 meses, contando a partir de 30 de maio de 2022, para que a transmissão da TV aberta pare de funcionar nas parabólicas antigas. Ou seja, o sinal está programado para ser desligado no fim deste ano. >
A não ser que esse prazo seja a prorrogado, as antenas parabólicas antigas, que operam com sinal analógico na Banda C, passarão a ocupar a banda Ku.>
Conforme explica Patrícia Abreu. diretora de Comunicação da Siga Antenado, entidade criada por determinação da Anatel para viabilizar a implantação do 5G no Brasil, as pessoas que ainda utilizam as parabólicas mais antigas precisarão efetuar a troca por uma que tenha receptor de sinal digital. >
“As pessoas precisam fazer a troca dos equipamentos pelos dois motivos: o mais importante é a questão da interferência. Quando o 5G for ativado em qualquer cidade, as parabólicas vão sofrer interferências porque a frequência é muito próxima. As pessoas podem sentir mais interferências de sinais, mais chiados. As parabólicas tradicionais são uma tecnologia antiga. Então, a troca também promove mais inclusão para a população como um todo, garantido um maior acesso a essa tecnologia mais moderna.”>
Ela explica que, mesmo que as antenas analógicas estejam caindo em desuso, ainda existe uma parcela considerável da população que as utiliza, principalmente em cidades do interior. E reforça que a troca do equipamento é gratuita para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal .>
“A troca para as famílias de baixa renda, que fazem parte de algum programa social do governo federal e que tiverem uma parabólica tradicional em casa, é gratuita. Elas poderão receber o equipamento em casa, sem pagar nada. Não está disponível para todo mundo ao mesmo tempo. O edital do 5G estipulou um cronograma por fases”, destaca Patrícia Abreu.>
O agendamento para troca já pode ser solicitado pelas famílias da Grande Vitória e de outras cidades da Região Metropolitana capixaba que estejam inscritas no CadÚnico. Além disso, a previsão é de que, ao longo de março, o agendamento para outras 18 cidades seja liberado. >
A diretora de Comunicação da Siga Antenado frisa que isso não significa que todas essas cidades receberão o 5G em breve. Trata-se de uma etapa preparatória, que inclui a troca das antenas.>
“Tem duas formas de a população saber se já pode ser atendida. No nosso site tem a lista de cidades em que está disponível no momento: sigaantenado.com.br. Outra forma é checar, digitando o número do NIS ou CPF, se a pessoa tem direito. Ela vai fornecer algumas informações, inclusive o CEP, e o sistema informa se já tem disponível naquela cidade e se já pode agendar.”>
Patrícia esclarece que o serviço contempla o equipamento novo e a instalação. Quem tem direito à troca não tem gastos e a antena antiga fica no local porque é propriedade da família.>
De acordo com as informações da Siga Antenado, no Espírito Santo, aproximadamente 11,5 mil moradores da Região Metropolitana têm direito ao kit com a parabólica digital sem custo nenhum.>
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