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Varíola dos macacos: subsecretário fala sobre caso investigado no ES

Varíola dos macacos: subsecretário fala sobre caso investigado no ES

Resultado de exames para descartar a doença pode sair até esta sexta-feira (17), segundo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin

Publicado em 16 de junho de 2022 às 12:19

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Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

O resultado da investigação do primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no Espírito Santo pode sair até sexta-feira (17), se os exames apontarem outra doença que não seja a monkeypox. A informação foi divulgada pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na Rádio CBN Vitória (92,5 FM), nesta quinta-feira (16).

Entrevista com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin

Reblin explicou que o material coletado do tripulante com a suspeita da doença já está sendo analisado pelo Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), antes de ser enviado para um laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Distribuição e vacinação na Grande Vitória
Data: 19/01/2021 - ES - Vitória - Luiz Carlos Reblin, Subsecretário em Vigilância em Saúde - Na Rede de Frio da Sesa - Distribuição de vacina para os municípios da Grande Vitória - Editoria: Cidades - Foto: Fernando Madeira - GZ. (Fernando Madeira)

“Ele foi internado em um hospital privado, coletado material para monkeypox mas também para outras doenças, porque antes de enviar para o Rio, nós confirmamos ou descartamos outras doenças. O material já está no Lacen sendo processado para, aí, sim, descartando outras doenças, enviarmos para o Rio de Janeiro. Pode acontecer ainda hoje (16) ou até amanhã (17) algum tipo de novidade em relação ao caso aqui ainda no Lacen”, detalhou o subsecretário.

O paciente, de 44 anos, é comandante de um navio de carga que saiu da Singapura e ancorou na costa capixaba. De acordo com Reblin, a Sesa foi comunicada pela Anvisa sobre os sintomas do tripulante, que precisavam ser investigados.

“Nós então preparamos aqui as equipes para elas poderem monitorar e acompanhar o caso depois que ele desembarcasse. Ele iniciou os sintomas no dia 9 de junho com febre e, algumas horas depois, começou a apresentar lesões na pele, erupções cutâneas”, explicou o subsecretário.

Caso outras doenças sejam descartadas pelo Lacen, o material segue para ser investigado no Rio de Janeiro. Se a varíola dos macacos for confirmada no paciente, ele seguirá em isolamento.

“Cada hospital privado tem sua área de isolamento respiratório e de contato, isso é necessário e cada unidade hospitalar já possui esse tipo de recurso se o paciente precisar de internação. Na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado também já tem a definição em cada região para receber um paciente que porventura precise internar e ficar em isolamento”, garantiu Reblin.

De acordo com ele, há hospitais públicos de referência na Grande Vitória e nas regiões Norte e Sul do Estado. “Temos aqui na Grande Vitória o Hospital Infantil e o Himaba, em Vila Velha, se for para internações em crianças. Também temos o Hospital Universitário e o Hospital Estadual de Vila Velha, em São Torquato”, disse.

COMO SE PREVENIR?

Para se prevenir, o subsecretário alertou sobre o cuidado com contato, principalmente com pessoas que tenham vindo de outros países onde há casos confirmados da doença.

“Evitar contatos sem a devida proteção; uso de máscara, especialmente nesse momento porque também é uma doença que se transmite através do contato com gotículas. [...] Manter uma distância segura, a higiene, evitar contato íntimo, as roupas de cama onde a pessoa dormiu, seus talheres”, recomendou.

Ele ainda explicou que os sintomas da doença podem aparecer em até 21 dias após o contato inicial. “É o tempo que a doença evolui tanto da fase inicial, com dores no corpo e febre, tanto para erupções cutâneas. É o período em que a doença se transmite. Então o contato deve ser evitado.”

Ainda segundo a Sesa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já está monitorando o caso. A reportagem de A Gazeta demandou o órgão federal em busca de mais detalhes e, assim que houver retorno, este texto será atualizado.

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