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Vale vai construir mais dois galpões fechados para reduzir pó preto em até 93%

Vale vai construir mais dois galpões fechados para reduzir pó preto em até 93%

A companhia anunciou o fechamento de pátios de estocagem das Usinas 5, 6 e 7, que têm área de 2 mil m² cada e movimentam 200 mil toneladas de pelotas por ano

Publicado em 26 de maio de 2022 às 13:05

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Obra de fechamento da Usina 8 já foi concluída pela Vale
Obra de fechamento da Usina 8 já foi concluída pela Vale. (Divulgação/Vale)
Errata Correção
26 de maio de 2022 às 13:32

A versão inicial da reportagem informava que seriam construídos três novos galpões. No entanto, após a publicação, a Vale explicou que na verdade serão dois galpões, que vão atender as três usinas. O título e o texto foram corrigidos.

Vale anunciou a construção de mais dois galpões fechados que vão auxiliar na meta de redução de até 93% do pó preto para 2023. Segundo a companhia, as estruturas serão construídas nos pátios de estocagem. O primeiro no pátio das Usinas 5 e 6 e o segundo na Usina 7, cada um com 2 mil m² de área e com capacidade de movimentar 200 mil toneladas de pelotas por ano. As iniciativas fazem parte do Plano Diretor Ambiental da empresa, estabelecido em 2018 e que visa a diminuir a emissão de poluentes.

Além disso, a companhia também informou que uma estrutura fechada também será construída sobre o cinco viradores de vagões, que recebem o minério de ferro extraído em Minas Gerais. A área dos viradores é de 7 mil m² e as estruturas atingirão até 28 metro de altura. O projeto está em fase final de desenvolvimento.

A companhia ainda divulgou a finalização das obras da estrutura de fechamento da Usina 8, que tem 4 mil m² de área e pela qual são movimentadas 200 mil toneladas de pelotas por ano. Na mesma usina, já havia sido concluído em 2019 o enclausuramento do pátio de insumos, que tem 8 mil m² de área.

Esteira que abastece navios de minério de ferro já foi fechada
Esteira que abastece navios de minério de ferro já foi fechada. (Daniel Pasti)

As obras para o fechamento da Usina 8 tiveram início em agosto de 2020 e o galpão tem 57 metros de comprimento, 66 de largura e altura de 28 metros, com 3,8 mil m² de área coberta. O enclausuramento dessas estruturas impede que o minério seja carregado pelo vento e caia no mar, além de limitar a quantidade de material que fica em suspensão.

"Quando nós lançamos o nosso Plano Diretor Ambiental, a nossa emissão, em referência a 2010, era em torno de 297 kg por hora. Agora, em 2021, com as nossas medições internas, chegamos a 42 kg por hora, entre emissões de poeira e fontes difusas, como pátios, pilhas, pias. Esperamos chegar, até o final de 2023, em torno de 21 kg por hora, uma redução de 93%", disse o especialista técnico em Meio Ambiente da Vale, Romildo Fracalossi.

MAIS WIND FENCES E CANHÕES DE NÉVOA

A mineradora também anunciou outras medidas do Plano Diretor Ambiental: a implementação de mais seis quilômetros das wind fences, que funcionam como barreiras que reduzem a velocidade do vento, e a instalação de mais quatro canhões de névoa.

Conforme a companhia, serão quatro novas wind fences e, assim, a empresa passará a contar com 10 pátios cercados com 16 km de extensão de telas. As obras de instalação das estruturas já foram iniciadas.

Obra de implementação da wind fence já está em andamento
Obra de implementação da wind fence já está em andamento. (Daniel Pasti)

Já os canhões de névoa serão colocados nos pátios das Usinas 5, 6, 7 e 8. Eles lançam microbolhas de água sobre as pilhas de pelotas e, ao todo, serão 11 novos canhões nesses dois pátios, sendo seis no pátio das Usinas 5 a 7 e cinco no pátio da Usina 8. Segundo a Vale, o processo de compra dos equipamentos está em andamento.

Segundo Romildo Fracassoli, quase 80% das obras previstas já estão em curso. Segundo ele, o andamento de algumas operações foi afetado pela pandemia da Covid-19, mas os prazos estão dentro do planejamento. Ele ainda garantiu que, até o final do ano de 2022, entre 65% e 70% das obras serão concluídas.

"Nós estamos com em torno de 43% das obras concluídas. Nós temos em torno de 30% das obras em implantação e cerca de 20% das obras em contratação.  Nós estamos cumprindo esse planejamento, tivemos um impacto por conta da Covid-19, que vai fazer com que algumas das nossas obras avancem em 2023, mas a gente está trabalhando dentro do planejamento", afirmou.

MELHORIA NA QUALIDADE DO AR

O governador do Estado, Renato Casagrande, também ressaltou que resultados estabelecidos pelo Plano Diretor Ambiental já foram observados e valorizou o andamento das obras. Ele garantiu que, com as novas intervenções previstas, a qualidade do ar da Grande Vitória terá uma melhora considerável. 

"As ações estão dentro do esperado, a gente espera, até 2023, ter resultados estabelecidos na meta das emissões difusas, tanto na Vale quanto na ArcelorMittal. Mas já se alcançaram muitos resultados, isso é importante para controlar as emissões das fontes difusas, mas também das chaminés das indústrias. Consegue melhorar a qualidade do ar, esse é o nosso objetivo, o governo acompanha isso junto com o Ministério Público essa implantação. A gente vai acompanhando meta a meta e é bom ver que as empresas estão cumprindo", argumentou.

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