Publicado em 2 de junho de 2020 às 17:35
Nesta quarta-feira (03), começam as inscrições do Prêmio Biguá de Sustentabilidade, promovido pela TV Gazeta Sul. Há nove anos, projetos e atitudes que estão mudando a forma de cuidar do meio ambiente são premiadas e divulgadas para todo o Espírito Santo. Antigos ganhadores continuam mostrando que pequenas ações fazem a diferença.
Um deles está no interior de Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Estado. O Centro de Desenvolvimento Sustentável Guaçú-Virá, foi vencedor da categoria educação ambiental, na primeira edição da premiação, em 2012. Em uma propriedade de 15 alqueires, a sustentabilidade continua sendo o pilar da Organização Não Governamental (ONG).
O gerente geral Lucas Tonole conta que o foco dos trabalho permanece, que é o meio ambiente, a preservação dele e também a agricultura orgânica. A ONG produz seus compostos orgânicos para o cultivo nas terras, presta apoio técnico para trabalhos de reflorestamento, produz alimentos da agroindústria e utiliza energias limpas e sustentáveis. Além disso, fazem trabalho de educação ambiental, recebendo milhares de alunos de escolas de todo o país.
Um ano após a premiação, o fundador do Guaçú Virá, o argentino Júlio Dueñas, faleceu. A premiação marcou o recomeço de um novo ciclo da organização, mas mantendo acesa as ideias do idealizador. Depois do Prêmio Biguá nosso fundador faleceu. A premiação marca esse momento, foi a última premiação que ele recebeu pela ONG. É um recomeço, com outras pessoas, seguindo as ideias que Júlio nos passou, seguindo sua premissa de educação ambiental, preservação e tendo sustentabilidade com tudo que fazemos aqui, revela o gerente geral Lucas Tonole.
O local, que possui ainda uma pousada sustentável, recebe em média quatro mil pessoas ao ano. Geleias, compotas, queijos e pães são vendidos no local e em feiras da região.
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, novos hábitos foram incorporados à rotina para evitar a contaminação e propagação da doença. A limpeza constante das mãos, dos locais e objetos, por exemplo, se tornou um comportamento natural, mas que depende de um dos bens mais importantes do meio ambiente: água.
É justamente o uso racional da água um dos desafios quando o assunto é sustentabilidade. Para minimizar este impacto, o presidente de um lar de idosos de Cachoeiro de Itapemirim, Sebastião José de Oliveira, apostou em sua ideia e criou um sistema de captação da água da chuva do telhado da instituição e dos vizinhos, para armazenamento de 70 mil litros de água. Em 2013, o projeto foi vencedor da categoria sociedade civil.
Anos depois, a instalação de placas de captação de energia solar proporcionou a redução no consumo de energia elétrica da instituição e, novamente, a instituição foi premiada. Economias que duram até hoje. Nós temos uma economia de até 95% no custo de água, se chover bem. Um custo que era de R$ 3 mil, hoje chegamos a pagar menos de R$ 200. Já com as placas, tivemos uma economia de 80%, revela o presidente do Lar Nina Arueira.
Para ele, esta economia vai além da questão ambiental, representa qualidade de vida para os idosos. Ano passado economizamos R$ 13 mil. Recurso que é revertido em benefício da causa, que é cuidar dos idosos. Tem esses dois lados: o cuidado com o meio ambiente e o custo reduzido na instituição, disse Sebastião José de Oliveira.
O Prêmio Biguá de Sustentabilidade é promovido pela TV Gazeta Sul. O lançamento acontece amanhã (03), com a palestra da jornalista Sônia Bridi. O evento será transmitida ao vivo, a partir das 20h, pelo site A Gazeta, através do link agazeta.com.br/premiobigua.
A partir do lançamento, as inscrições para a 9ª edição estarão abertas pelo site. Este ano, podem participar iniciativas sustentáveis nos seguintes segmentos: escola, ensino superior, sociedade civil, produtor rural, empreendedor ambiental e prefeitura municipal. Além de valores em dinheiro, os projetos serão homenageados com troféus e a categoria escola e ensino superior recebem aparelhos de TV.
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