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Prefeitura notifica condomínio por cerca em área proibida de Guarapari

Prefeitura notifica condomínio por cerca em área proibida de Guarapari

Administração municipal informou que não houve liberação para o cercamento da área. Após notificação, empreendimento retirou cerca do local nesta quinta-feira (31)

Publicado em 31 de março de 2022 às 18:56

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Guarapari
Empreendimento estava sendo realizado em área comum. (Leitor A Gazeta)

Prefeitura de Guarapari notificou, nesta quinta-feira (31), um condomínio responsável pela construção de uma cerca na Praia do Morro, em uma área não permitida.

Imagens a que a reportagem de A Gazeta teve acesso mostram o trabalho de retirada das cercas, que estavam sendo instaladas em pedras entre a Praia da Cerca e trajetos que levam às Três Praias, na região de um condomínio de luxo idealizado de frente para o mar.

Obra é flagrada em local não permitido em Guarapari. (Leitor A Gazeta)

Em nota, a Prefeitura de Guarapari informou que, por meio das secretarias de Meio Ambiente e Agricultura (Semag) e de Análise e Aprovação de Projetos (Semap), a cerca faz parte da obra de um empreendimento que será construído no município. Porém, não houve liberação para o cercamento e os responsáveis já foram notificados para providenciar o recuo da estrutura, já que se trata de uma área comum.

Ainda nesta quinta-feira, a cerca foi retirada do local. Demandado pela reportagem de A Gazeta, o empreendimento se manifestou por nota. "O Reserva da Praia informa que mobilizou a equipe e retirou a cerca, nesta quinta-feira, em cumprimento à solicitação da Prefeitura de Guarapari".

À reportagem da TV Gazeta, o morador Lucas Zocca Muller disse que a cerca havia sido construída recentemente. "Primeiro colocaram uns pequenos blocos. Do dia para a noite, apareceu a cerca, ainda nesta semana. Os moradores ficaram super assustados, já que é uma área de restinga e impossibilita que as pessoas vejam a vegetação. Empurraram a cerca goela abaixo por ser um condomínio de luxo", reclamou.

Um outro morador da região, o enfermeiro Felipe Jesus Silva, contou que, ao passar pelo local na última terça-feira (29), tomou um susto com a obra. "É uma área que não pertence à empresa. Privatizaram o local impedindo o acesso de turistas e moradores! Infelizmente é a ganância do homem em destruir a natureza para construir e lucrar", afirmou.

Também demandado para comentar o caso, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) até o momento não se manifestou. Este texto será atualizado quando houver retorno.

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