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População sofre à espera de ônibus durante paralisação no ES

População sofre à espera de ônibus durante paralisação no ES

Com a frota reduzida, quando consegue entrar em um coletivo, fica ainda mais difícil para a população manter o distanciamento social, necessário para evitar a propagação do coronavírus

Publicado em 8 de março de 2021 às 09:45- Atualizado Data inválida

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Com rodoviários em greve, população enfrenta longa espera nos pontos e ônibus lotados
Com manifestação, população enfrenta aglomeração nos coletivos. (Ricardo Medeiros)

A segunda-feira (8) começou com os efeitos da chuva e de uma manifestação dos rodoviários na Grande Vitória. Com poucos ônibus disponíveis, já que circulam apenas os coletivos com ar-condicionado, a população enfrenta uma longa espera nos pontos e aglomeração nos ônibus. A situação é ainda mais preocupante quando levamos em conta o contexto da pandemia, que exige um distanciamento mínimo entre as pessoas para evitar a propagação do coronavírus.

O Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) protesta contra a retirada dos cobradores de dentro dos ônibus, afastados de suas funções pelo governo do Estado desde maio de 2020. Desde o final do ano passado, esse afastamento está atrelado a duração da pandemia, logo, sem previsão para acabar.  O governo do ES destaca que todos os profissionais afastados estão recebendo integralmente seus salários (veja a nota na íntegra ao fim da matéria). 

Manifestação de rodoviários afeta população da Grande Vitória(Ricardo Medeiros)

Desde as 3h da madrugada, os ônibus convencionais não estão circulando na Grande Vitória. O Sindicato está liberando apenas os coletivos com ar-condicionado porque esses veículos já circulavam sem cobrador desde antes da pandemia.

O QUE DIZ O GOVERNO

A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) afirmaram, em nota, que a suspensão da atividade do cobrador no interior nos ônibus do sistema de Transporte Público da Região Metropolitana da Grande Vitória (Sistema Transcol) permanece enquanto perdurar o Estado de Calamidade Pública em virtude da Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Covid-19. 

Após reunião realizada com Secretaria Estadual de Saúde/Vigilância Sanitária onde foi discutido o agravamento da crise de Pandemia no país e no Estado do Espírito Santo, foi orientado que não seja autorizado, neste momento, o retorno da atividade dos cobradores no interior dos ônibus do sistema Transcol. Desta forma, as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus implementadas, entre elas a utilização obrigatória do CartãoGV pelos usuários do sistema de transporte; e suspensão da atividade do cobrador no interior dos coletivos permanecem enquanto durar o Estado de Calamidade Pública no Estado.

"A Semobi informa ainda que já vem discutindo e está finalizando o plano de retorno dos cobradores às atividades para ser posto em prática quando for encerrado o estado de calamidade e /ou estiver em consonâncias com às autoridades de saúde. Em relação a este plano, a Semobi adianta que o pagamento em dinheiro no interior dos coletivos permanecerá suspensa, mesmo depois do retorno dos cobradores as suas atividades. Os cobradores também devem retornar as suas atividades a bordo apenas em horários pré-determinados, como os de pico para auxiliar na comercialização de créditos do CartãoGV via pagamento com cartão de crédito ou débito", disseram os órgãos.

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A Semobi e a Ceturb destacaram que todos os profissionais afastados estão recebendo integralmente seus salários. "Ao promover o movimento de paralisação de transporte coletivo neste momento, a Semobi entende que isso somente põe em risco a saúde de trabalhadores e de passageiros do Sistema, além de gerar transtornos para diversos segmentos econômicos, sociais e à própria saúde pública. Além disso, o movimento também descumpre decisão judicial proferida pela justiça do trabalho que impede qualquer movimento de paralisação do transporte público na Região Metropolitana da Grande Vitória", comentaram.

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