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'Pandemia mostrou que informação salva vidas', diz repórter da TV Globo

"Pandemia mostrou que informação salva vidas", diz repórter da TV Globo

Nilson Klava e Murilo Salviano, repórteres da Globo, conversaram ao vivo para marcar o início das inscrições para a imersão em jornalismo da Rede Gazeta

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 11:32

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Lançamento da Residência com Nilson Klava e Murilo Salviano
Nilson Klava e Murilo Salviano falaram sobre os impactos da Covid-19 na rotina do jornalismo para marcar o lançamento . (Caroline Mauri)

Nos próximos anos, quando a História do jornalismo contemporâneo for contada, a pandemia certamente terá lugar central. Afinal, nenhum fato mudou tanto a rotina das Redações quanto a escalada mundial do coronavírus. Ao olhar para a transformação imposta pela Covid-19, os repórteres Nilson Klava e Murilo Salviano são unânimes em dizer: a pandemia mostrou o quanto a informação é vital.

Os dois conversaram com o público, nesta quarta-feira (26), sobre “Como a pandemia impactou o dia a dia do jornalismo”, para marcar a abertura das inscrições do 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. O programa de treinamento será realizado entre os dias 21 de setembro e 4 de dezembro, em uma etapa a distância e outra presencial. As inscrições para o processo seletivo terminam no dia 8 de setembro.

“Numa pandemia, a informação salva vidas. As pessoas estão em casa acompanhando o que acontece no mundo pelo jornalismo profissional. É um momento super desafiador. Ao mesmo tempo em que tem essa angústia que a pandemia representa, tem o compromisso do jornalismo com a informação”, avalia Klava, 24 anos, repórter de política da Globo News em Brasília.

Distanciamento e inovação

De estagiário a setorista do Congresso Nacional, Nilson Klava – chamado carinhosamente de Nilsinho pelos colegas na TV - se viu obrigado a manter distância física da notícia e das fontes desde a chegada da pandemia. Sem poder observar os bastidores, as conversas extraoficiais e a movimentação dos políticos, teve de contar apenas com o relacionamento que havia estabelecido e com a confiança das fontes. O desafio, ele diz, é passar o clima sem o clima.

Aspas de citação

Estar ao vivo não é só ao vivo pelo nome. É ao vivo também pelo vigor que você coloca na sua entrada

Nilson Klava
Repórter da Globo News
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A comunicação não verbal que ajuda a contar uma boa história também fez falta a Salviano, 30 anos, repórter especial do Fantástico. Mas o jornalista transformou a limitação em oportunidade para experimentar outros jeitos de fazer uma reportagem. Foi dele a primeira matéria produzida integralmente por videoconferência, “Como manter a saúde mental durante o Isolamento”, para a revista dominical da Globo.

Em março, quando a pandemia foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Salviano estava nos Estados Unidos, fazendo um curso na Universidade de Columbia, em Nova York. Isolado no exterior e com a pauta sobre saúde mental nas mãos, entrevistou, por videoconferência, uma cientista da Universidade de Harvard. “Meses atrás, se eu fosse fazer uma reportagem com ela, teria que mandar uma equipe para Nova York. A equipe teria que chegar na casa dela, passar meia hora montando equipamento. Agora o que a pessoa faz: pega o celular e, em 5 minutos, consegue se conectar comigo. Nesse ponto, a mudança ajudou”, compara.

Fake news X jornalismo

Salviano destaca ainda duas mudanças no jornalismo da pandemia. Uma delas é que a multiplicação das fake news acabou reforçando a relevância do jornalismo profissional. “Na pandemia, as pessoas perceberam como fake news podem matar. Entrevistei familiares de vítimas do coronavírus que me contaram como fake news influenciaram na morte de parentes. Por exemplo, um pai de família que decidiu não usar máscara porque leu no WhatsApp que não precisava e acabou morrendo”, conta.

O outra é que muita gente que antes apenas assistia passou também a produzir imagens e informações. E é neste contexto que os 10 residentes escolhidos no processo seletivo do Curso de Residência farão sua imersão no jornalismo.

Este ano, o Curso de Residência será dividido em duas fases. A primeira, on-line, começa em 21 de setembro e vai até 16 de outubro. Na segunda, a partir de 19 de outubro e até 4 de dezembro, os alunos vão vivenciar, presencialmente, o dia a dia de apuração e da produção de notícias em A Gazeta, TV Gazeta e na CBN Vitória.

Recado aos futuros residentes

Para os futuros residentes, Salviano e Klava têm um recado importante. “Acredito muito na formação. Você conquista seu espaço aos poucos, a cada passo. E o que foi crucial para mim foi ter resiliência, acreditar que eu poderia desenvolver o jornalismo que sempre sonhei. A gente não recebeu sim o tempo todo, a gente não começou assim do jeito que está hoje”, afirma o repórter especial do Fantástico.

O colega da GloboNews concorda: resiliência, paciência e preparação pavimentam o caminho de um bom jornalista. “A oportunidade vai aparecer, mas você tem que estar preparado para agarrá-la. Essencialmente, neste início é importante identificar aquilo que toca o seu coração, dedicar tempo para identificar dentro de você aquilo que você ama, que faz o seu coração bater mais forte, que te traz brilho nos olhos. Se você for verdadeiro, você vai estar vivo ao vivo. Esse vai ser o seu diferencial”, sugere.

As inscrições para o processo seletivo do Curso de Residência podem ser feitas em www.redegazeta.com.br/residencia. Confira a seguir o cronograma completo da edição 2020:

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  • Inscrições para o curso: 24/08 a 08/09
  • Prova de conhecimentos gerais on-line: 10/09
  • Prova de redação jornalística on-line: 11/09 
  • Entrevistas individuais: 15 a 18/09 
  • Anúncio dos 10 residentes selecionados: 18/09 à tarde
  • Aulas e oficinas de produção (fase a distância): 21/09 a 16/10
  • Imersão presencial na Rede Gazeta: 19/10 a 04/12

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