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Ondas, buracos e redemoinho: as praias mais perigosas do ES

Ondas, buracos e redemoinho: as praias mais perigosas do ES

Confira a lista de pontos que exigem mais atenção no litoral capixaba

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 15:20

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Banhistas na praia da Curva da Jurema. ( Edson Chagas/Arquivo)

O verão chegou e o cuidado com crianças e adultos deve ser intensificado em praias, lagoas e cachoeiras. Os afogamentos são muito comuns nessa época do ano. A reportagem de A Gazeta pediu ao tenente-coronel Carlos Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros, para elencar as praias mais perigosas do Espírito Santo.

Em Vila Velha, o coronel destacou o trecho compreendido entre a Praia da Baleia, em Ponta da Fruta, e a Barra do Jucu. "Há ondas mais altas e fortes com quebra próximo à areia".

Já em Vitória, um dos pontos mais perigosos é a Curva da Jurema.

Aspas de citação

 Local tem formação de buracos que chegam a 12 metros

Carlos Wagner Borges
Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros do ES
Aspas de citação

Em direção ao Norte do Estado, a Praia de Guriri, em São Mateus, exige mais atenção. "Lá tem muitos redemoinhos", diz o coronel. 

Nesses locais citados, a recomendação dos bombeiros é entrar no mar somente quando tiver salva-vidas.

Abaixo, veja uma lista de pontos que exigem mais atenção no litoral capixaba, de acordo com lista do Corpo de Bombeiros. 

LOCAIS DE ATENÇÃO NO ES

São Mateus

- Guriri: A maioria dos banhistas é formada por turistas, que entram na água sem ter conhecimento do lugar, caracterizada por ondas fortes e correntes de retorno, que podem sugar as pessoas para o fundo.

Praia de Guriri, em São Mateus. ( Bernardo Coutinho )

Linhares

- Lagoa Juparanã: A ordem é só frequentar as praias com salva-vidas e só entrar na água nas áreas demarcadas, que são próprias para os banhistas. Fora delas, o risco são as embarcações. As águas calmas escondem riscos.

- Regência e Povoação: É onde deságua o Rio Doce. A corrente é forte e pode levar o banhista para o fundo.

- Pontal do Ipiranga, rio Urussuquara (a 20 quilômetros de Pontal do Ipiranga): O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Lagoa Juparanã, em Linhares: o relevo nesses locais merece bastante atenção. (Sagrilo/Arquivo)

Aracruz

- Barra do Sahy: O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Barra do Sahy é a praia mais famosa de Aracruz. (João Paulo Rocetti)

Serra

- Jacaraípe: A praia tem ondas fortes e muitos surfistas. Os banhistas devem evitar ficar perto deles, pois as pranchas podem ferir as pessoas. Atenção também à correnteza de retorno.

- Nova Almeida e Praia Grande (Fundão): Há rio perto. Quando a maré está vazando e a correnteza está muito forte, há perigo de o banhista ser levado pela correnteza.

Banhistas praticando kite surf na praia de Jacaraípe, no verão. (Fernando Madeira )

Vitória

- Curva da Jurema: A praia tem buracos, que vão de 10 a 12 metros de profundidade. Quem cai neles e não sabe nadar muito bem acaba se afogando, pois não é possível pisar em algo para tomar impulso e sair do lugar.

- Praia de Camburi: As ondas são fortes em determinadas luas. Além disso, há as correntezas de retorno, caminho pelo qual a água das ondas volta pelo mar e, dependendo da força, pode arrastar uma pessoa. Essas áreas podem ser identificadas mais facilmente. São os pontos onde o mar fica mais barrento.

Banhistas na praia da Curva da Jurema. (Carlos Alberto Silva - GZ)

Vila Velha

- Coqueiral de Itaparica: O maior problema são as ondas fortes, que podem machucar. Também possui correntezas de retorno.

- Barra do Jucu: Além das ondas fortes, há o rio, que sempre indica perigo. Quando a correnteza está muito forte e a água vazando, a pessoa pode ser arrastada para as partes mais profundas do mar.

- Praia da Costa: Perigo para os aventureiros. Próximo ao local onde ficam os barcos dos pescadores, os banhistas costumam pular na água, o hábito é um perigo, pois existem pedras no fundo e as pessoas podem bater a cabeça.

- Praia da Baleia: Próximo da igrejinha na Ponta da Fruta até a Praia de Morada do Sol. É um trecho que leva muitos riscos aos banhistas, porque as ondas são altas, fortes e quebram praticamente na areia.

Praia do Barrão, na Barra do Jucu, em Vila Velha. (Reprodução)

Guarapari

- Praia do Morro, das Virtudes, das Castanheiras e Enseada Azul: A calmaria da praia incentiva as pessoas a se aventurarem a nadar. Mas aqueles que não possuem bom condicionamento físico costumam passar mal, e acabam se afogando.

- Praia da Areia Preta: É funda. E depois de aproximadamente três metros da areia, em alguns pontos, quem não sabe nadar não encontra o chão e acaba se afogando.

Imagens aéreas mostram movimento na praia da Areia Preta, em Guarapari . (Secundo Rezende)

Anchieta

- Castelhanos: A grande quantidade de crianças que frequentam a praia é sempre fator de preocupação, pois elas gostam de se aventurar nas pedras. Há o risco de escoriações, cortes e quedas, que podem ser fatais.

- Lagoa de Ubu: De um lado ao outro são aproximadamente 200 metros. Isso anima alguns a atravessar a lagoa. Mas quem não está fisicamente preparado pode acabar se afogando antes de completar a travessia.

Praia dos Castelhanos, em Anchieta, Espírito Santo. (João Paulo Rocetti)

Itapemirim

- Rio Itapemirim: Há buracos e correntezas intensas em alguns pontos, que costumam fazer vítimas.

Rio Itapemirim. ( (Foto: Reprodução) )

Piúma

Apesar das águas calmas e rasas, os turistas podem ter problemas com passeios longos. A 1,5 quilômetros da praia há uma ilha, que muitos gostam de visitar. Na ida, geralmente, a maré está baixa e é possível ir andando, mas na volta, a maré pode subir e pegar os desavisados de surpresa.

Entardecer da Praia de Piúma, no Litoral Sul do Estado. (Thiago Guimarães - GZ)

Marataízes

- Praia da Cruz: Há ondas e as chamadas correntezas de retorno, por onde as águas voltam para o mar e puxam os banhistas para o fundo.

- Praia da Barra: Dois metros depois da linha da água começa a ficar fundo e os desavisados podem ter problemas.

Mesmo com aterro de pedras, o mar destruiu parte do calçadão na Avenida Atlântica, Praia da Barra, em Marataízes. (Carlos Alberto Silva)

Presidente Kennedy

O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Praia de Marobá em Presidente Kennedy. (Gabriel Lordêllo - GZ)

Lagoas da Grande Vitória em geral

Além do afogamento, pois é mais difícil nadar na água doce, onde os nadadores se cansam mais rápido, há ainda o risco de as pessoas ficarem presas na vegetação.

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(Com informações de Laila Magesk e Rádio CBN Vitória)

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