Repórter / iarruda@redegazeta.com.br
Publicado em 31 de dezembro de 2021 às 14:07
Cansado de usar branco no réveillon? Um guia personalizado trazido diretamente da numerologia para a escolha da cor da virada pode lhe ajudar a escolher a roupa do ano novo. A professora universitária de Design, mestre em Comunicação e Cultura, fotógrafa e produtora de moda, Juliana Zuccolotto, também curiosa e estudiosa dos temas esotéricos, traz uma fórmula mágica.
A ideia de sugerir cores para cada pessoa vem do conceito de “ano pessoal”, que mistura de numerologia aos tons. “O ano pessoal é construído a partir do ano universal, igual para todos, nesse caso 2022. Além dele, há um passo a passo para chegar ao número de um dígito final”. A dica, independente da cor resultante, é de que vale combinar acessórios, roupas íntimas ou sapatos com itens brancos. Afinal, paz nunca é demais!
Descubra sua cor para a virada:
1º passo: soma do ano universal (2022)
Esta soma será igual para todos: 2 + 0 + 2 + 2 = 6
2º passo: soma do dia e mês de nascimento de cada um
Por exemplo: para uma pessoa nascida em 16 de fevereiro (16.02), deve-se somar 1 + 6 + 0 + 2 = 9
3º passo: somar o número universal com o pessoal
No mesmo exemplo: 6 (ano universal) + 9 (ano pessoal) = 15. Soma-se então o 1 + 5 = 6
4º passo: buscar o dígito final na lista abaixo:
1- Vermelho; 2- Laranja; 3- Amarelo; 4- Verde; 5- Azul clarinho; 6- Azul royal (mais forte); 7- Lilás | Roxo; 8- Bege; 9- Rosa
Usar branco no réveillon já é tradição no Brasil. Mas de onde veio a tradição de usar roupas claras na virada de ano? É possível ousar e abusar de outras cores?
Segundo Juliana Zuccolotto, a tradição do branco remete à África e às religiões de matrizes africanas, como a Umbanda e o Candomblé. Nelas, o branco é a cor da purificação, o que tem tudo a ver com o desejo para o ano que está por vir. A referência foi incorporada nacionalmente na década de 70, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo Zuccolotto, os frequentadores das praias cariocas lançaram a tendência, que se eterniza a cada ano. “Os jovens viam os rituais do Candomblé e achavam muito interessante. Ainda era também época do movimento hippie em alta aqui, com o uso das batas, por exemplo. O branco foi adotado em Copacabana e isso foi virando febre no Brasil”, disse.
Apesar de tradicional, é claro que o branco não é obrigatório. A professora explica que toda cor é carregada de simbolismo, independentemente de quando é usada. “Tem até isso da cor do ano de cada pessoa. O significado de cada cor é legal de saber para atrair o que se deseja”, acrescentou. Confira a lista de significados:
Ciente do poder de cada tom, Juliana Zuccolotto sugere que cada um use as cores na virada conforme o que almeja, não sendo necessário ficar restrito ao branco.
Juliana Zuccolotto
Professora de DesignO artista plástico Elsimar Rosindo Torres, professor de plástica, cor e composição do curso de Design, concorda com a colega. “Quem faz tendência somos nós. Cada um deve usar a cor que prefere. O barato é o sincretismo que o brasileiro tem, trazendo elementos de fé, das crenças e ressaltando a força do afro. Mas nós criamos as situações. O legal é o foco que cada um quer dar. Se for além da paz, é possível agregar cores. No meu caso, uso amarelo e não me faltou dinheiro. Não falo de fortuna, mas de não ter passado necessidade”, pontuou.
Torres diz que hoje em dia não compra mais roupa e aposta em itens como uma fitinha de Nossa Senhora, na cor amarela. Ele vai ao Convento, faz pedidos e garante que teve um ano positivo mesmo diante da pandemia.
“Fiz projetos, ganhei prêmios, acabou sendo um ano de sucesso. Foquei no amarelo e ‘vambora’. Agora vou amarrar no pé a fitinha amarela. Deixo assim minha mensagem de que cada um foque em algo que quer. Se for juventude, deve usar laranja. Se desejar introspecção e espiritualidade, abuse do violeta. Se quer mais harmonia, vá para o azul; para paixão, aposte em magenta ou vermelho. Não há cor melhor que a outra, mas o que cada um deseja”, resumiu o especialista.
Para ele, a cor está ligada a nuances de emoção e razão. “Associamos as cores a situações, então acaba sendo algo subjetivo, de cada um, que deriva de preferências, vivências. Já a questão universal de cada cor é cultural, a partir de associações gerais. Sobre o assunto, sugiro a leitura do livro ‘A psicologia das Cores’, da Eva Heller”, afirmou.
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