Publicado em 3 de novembro de 2020 às 20:56
Atualmente, 303 pessoas estão internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Espírito Santo, com casos graves da Covid-19. Essa quantidade é praticamente a mesma atingida em meados de outubro e a maior registrada desde o último dia 5, quando 308 pacientes estavam sendo assistidos nas mesmas condições. >
Os dados foram retirados do Painel de Ocupação de Leitos Hospitalares, atualizado pela Secretária Estadual de Saúde (Sesa) nesta terça-feira (3). Nesta data, os hospitais da rede pública estão disponibilizando um total de 397 vagas de UTI o que significa que 94 unidades ainda estão livres.>
é a taxa de ocupação dos leitos de UTI nesta terça-feira (3)
É importante lembrar que em julho deste ano, depois da taxa de ocupação dos leitos de tratamento intensivo apresentar estabilidade, a Sesa deu início ao processo de reversão do perfil hospitalar. Ou seja, parte das vagas destinadas à pandemia voltaram a atender quem sofre de outras doenças. >
Na época, o secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes, explicou que se mais de 80% das UTIs ficassem ocupadas, o Estado iria novamente ampliar a oferta para continuar atendendo quem tivesse sido infectado pelo novo coronavírus. Até o momento, essa nova mudança não se fez necessária.>
>
Assim como aconteceu nas UTIs, o número de pacientes nos leitos de enfermaria destinados à Covid-19 também aumentou, atingindo o patamar mais alto desde o dia 8 de setembro. Naquela época, havia 276 pessoas internadas apenas uma a mais que nesta terça-feira (3). >
Atualmente, o Estado disponibiliza 351 vagas para atender quem tem quadros moderados da doença, restando livres 76 delas. Isso significa que 78,35% dos leitos de enfermaria estão ocupados, taxa que é a maior de toda a pandemia, mas que também pode ser melhorada com o retorno da ampliação da rede.>
Há cerca de 20 dias, o médico infectologista Crispim Cerutti Júnior foi procurado por A Gazeta para comentar outra alta registrada na ocupação das UTIs. Naquela ocasião, 301 pacientes estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva. No parecer, o especialista esclareceu que não era necessária preocupação extra. >
Crispim Cerutti Júnior
Médico infectologistaEntretanto, ele também aproveitou a oportunidade para fazer uma crítica em forma de alerta, devido à parte população capixaba não estar adotando as tão necessárias medidas de distanciamento social. Se a exposição é maior, maior é número de casos confirmados e de internações. >
Também no final de outubro, em entrevista à CBN Vitória, o secretário Nésio Fernandes ressaltou que o crescimento no número de pessoas internadas não tem sido acompanhado de um aumento nas mortes e aproveitou para garantir que o Estado está preparado para o caso de uma segunda onda. >
Já na última sexta-feira (30), ele revelou que houve, de fato, um aumento de casos confirmados entre o início de setembro e a primeira quinzena de outubro, em decorrência de comportamentos imprudentes. No entanto, ele ressaltou que o Espírito Santo já tinha voltado a apresentar tendência de queda.>
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde esclareceu que o comportamento da ocupação dos leitos de enfermaria é uma consequência do serviço de saúde, que tem garantido "a internação precoce de pacientes não graves" da Covid-19. Em relação às variações relativas às UTIs, a pasta afirmou que seguem um padrão no início da semana, apresentando queda entre terça e quinta-feira. "A Sesa está atenta às possibilidades de pressões assistenciais para readequação na rede", garantiu.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta