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“Minha geração se inspirava em exemplos masculinos. Hoje eu sou referência”

“Minha geração se inspirava em exemplos masculinos. Hoje eu sou referência”

Em Roda de Conversa de A Gazeta, a médica Flávia Scherre refletiu sobre os avanços e desafios da liderança feminina

Publicado em 11 de março de 2021 às 19:32- Atualizado há 3 anos

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Cris Samorini, Patricia Daher e Flávia Scherre participam de bate-papo sobre liderança feminina, conduzido por Renata Rasseli
Cris Samorini, Patricia Daher e Flávia Scherre participam de bate-papo sobre liderança feminina, conduzido por Renata Rasseli. (Reprodução/A Gazeta)

Um bate papo realista sobre o protagonismo feminino. Esse foi o espírito da Roda de Conversa realizada pela Rede Gazeta, pelo quarto ano consecutivo, como parte do calendário do Mês da Mulher. A live, conduzida pela colunista de A Gazeta Renata Rasseli, reuniu a empresária e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Cristhine Samorini, a engenheira civil Patricia Daher e a médica Flávia Scherre para discutir o tema “Mulheres Líderes”. A transmissão ao vivo foi feita em A Gazeta e continua disponível para quem quiser assistir, na íntegra.

O evento começou com a participação da vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, que é a primeira mulher a ocupar esse cargo na história do Espírito Santo. Ela, que nos últimos dois anos esteve presencialmente no auditório da Rede Gazeta, enviou uma mensagem em vídeo em que destacou como as lideranças femininas precisam reunir esforços para ampliar a representatividade de mulheres em cargos relevantes e estratégicos, tanto no setor privado quanto público. “Desperdiçamos a valiosa visão feminina nos momentos de decisão, e a visão mais humana das mulheres no empreendedorismo”, afirmou.

Cris Samorini, que concilia o mandato na Findes até 2023 com a direção comercial da empresa da família, a Grafitusa, defendeu que a discussão sobre a competência das mulheres em relação aos homens é um ponto superado, e que os esforços agora são para que elas, de fato, ocupem esses espaços de comando. “Quando eu vejo outras lideranças femininas se aproximando, isso sinaliza que é possível para todos. Sobre essa questão de ter equidade, nós já temos grandes empresas puxando esse tema. Mas nós temos que entender que para ocupar esses espaços, alguém tem que dar o primeiro passo”, encoraja.

Primeira mulher a conquistar a certificação para realizar cirurgias robóticas no Estado, a ginecologista e obstetra Flávia Scherre compartilhou experiências negativas que teve que enfrentar quando entrou na profissão. “No início, me perguntavam: ‘você quer ser mulher ou quer ser cirurgiã?’ Mas vejo que isso tem mudado entre as novas gerações e cada vez mais mulheres se tornam cirurgiãs. A minha geração se inspirava em exemplos masculinos. Hoje eu sou uma referência para outras mulheres”, declarou. Ela ainda deixou uma mensagem para outras jovens que enfrentam barreiras de gênero na profissão.

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Estejam onde vocês queiram estar. Estude, se capacite e mostre que você é capaz de estar onde conquistou.

Fávia Scherre
Médica ginecologista e obstetra, primeira mulher a receber a certificação para cirurgias robóticas no ES
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A gerente de Infraestrutura Interna da ArcelorMittal, a engenheira civil Patricia Daher, tem o desafio de comandar uma área em que 90% dos cargos são ocupados por homens. Ela citou que empresas, como a em que ela trabalha, já perceberam a necessidade de ampliar a presença feminina em todas as funções. Mas destacou que essas mulheres que querem entrar no mercado precisam se capacitar e desenvolver inteligência emocional para ocupar esses espaços quando eles surgirem, e que também é preciso respeitar aquelas que não tem essa mesma perspectiva pessoal ou profissional. “Nem todas querem entrar na para a indústria, serem líder. Temos que respeitar as decisões de quem decidir seguir esses caminhos”.

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A roda de conversa é uma realização de A Gazeta e tem o patrocínio de ArcelorMittal, Café Cafuso, Rede Meridional e Escola São Domingos.

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