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Médica morta em Colatina: Justiça autoriza perícia em celulares apreendidos

Médica morta em Colatina: Justiça autoriza perícia em celulares apreendidos

Objetivo é verificar se há vídeos mostrando o investigado sob efeito de medicamentos; Fúvio Serafim chegou a ficar preso pela morte de Juliana El-Aouar, mas teve a prisão revogada

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 19:35

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Fuvio Luziano Serafim e Juliana Pimenta Ruas El-Aouar
Fuvio Luziano Serafim e Juliana Pimenta Ruas El-Aouar em dia de festa. (Redes Sociais)

A Justiça estadual autorizou a análise pericial dos celulares de Fúvio Luziano Serafim e da médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar. O objetivo é verificar se a mulher filmou o marido sob efeito de medicamentos. O ex-prefeito de Catuji (MG) foi preso sob acusação de ter matado a esposa em setembro deste ano, em Colatina, mas recebeu alvará de soltura no dia 1º de dezembro após ter a prisão revogada. 

Durante audiência de instrução e julgamento realizada no dia 1º de dezembro, a defesa de Fúvio apresentou uma série de requerimentos à Justiça. Os pedidos acatados foram:

  1. Liberação dos eletrônicos de Fúvio e Juliana e envio para perícia;
  2. Complementação do laudo toxicológico para quantificação de substâncias em Fúvio;
  3. Juntada de atestados médicos e relatórios, comprovando o quadro clínico de dependência de Juliana e Fúvio e afastamento do município de Catuji (MG); 
  4. Prontuários de internação dos hospitais Santa Rosália, Unimed, Madre Tereza, Novos Rumos e Mangabeiras, comprovando o quadro clínico de Juliana e Fúvio em internações;
  5. Prontuário de internação de Fúvio, para comprovar o quadro de depressão;
  6. Juntada de laudo técnico sobre combinações de remédios, objetivando constatar se foi a combinação dos medicamentos a causa da morte de Juliana; 
  7. Juntada de prontuário do dentista, objetivando comprovar a possível aplicação, devido a dores de dentes; 
  8. Juntada do processo de adoção, objetivando desclassificar a tese de possível irregularidade na adoção e motivação para o fato; 
  9. Juntada dos processos de pagamento divida de um apartamento por Fúvio;
  10. Juntada de pagamento por Fúvio da hospedagem do casal no hotel em Colatina;
  11. Juntada do prontuário de tratamento no Sírio Libanês, comprovando que Fúvio teria cuidado da saúde de Juliana;
  12. Ofício aos bancos Unicred e Sicoob, considerando em depoimentos a informação de existência de débitos do casal; 
  13. Prova de que Juliana aplicava enzimas, botox e realizava bichectomia, para comprovar que ela tinha a técnica para se aplicar sozinha.

Ex-prefeito ficou preso

Fúvio Luziano Serafim, ex-prefeito da cidade mineira de Catuji, foi preso acusado de matar a esposa, a médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel em Colatina, em setembro deste ano. No dia 18 de outubro de 2023, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou o réu pela suposta prática de homicídio qualificado por meio cruel e feminicídio praticado com dolo eventual.

“Desta forma, entendo que a prisão preventiva do denunciado deve ser mantida para assegurar a conveniência da instrução processual, a fim de garantir o bom andamento do processo e a qualidade das provas a serem colhidas em juízo”, escreveu a juíza Silvia Fonseca Lima, em sua decisão.

O motorista Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, também preso preventivamente pela morte da médica, foi solto por meio de um alvará expedido pela Justiça no dia 18 de outubro.

Segundo a denúncia apresentada pelo MPES, o homem, que trabalhava para o casal, praticou o crime de fraude processual e não teve participação na morte.

Juliana foi encontrada morta na manhã do dia 2 de setembro, em um quarto de hotel de Colatina, onde o casal estava hospedado. Conforme o boletim de ocorrência, o cenário encontrado pelos peritos era de um quarto todo revirado, sangue nas roupas de cama e a médica toda machucada.

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