Publicado em 9 de janeiro de 2024 às 15:43
A Justiça Federal condenou o empresário João Carlos Rodrigues Neto, administrador legal da Ilha da Baleia, também conhecida como Ilha da Xuxa, em Vila Velha, após denúncias de que ele coagia quem tentasse frequentar o local desde 2021. A decisão, publicada no dia 18 de dezembro e divulgada nesta terça-feira (9), atende a um pedido feito pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES).>
Com a condenação, João Carlos fica proibido de impedir que a população utilize a praia do local. Deverá ainda retirar as boias de sinalização instaladas de forma irregular no mar, que inibem a aproximação de embarcações. Confira outras determinações abaixo.>
Em setembro de 2022, a Justiça já havia emitido uma decisão liminar, que dava 15 dias para João Carlos readequasse suas ações. Assim como na primeira vez, caso o empresário não cumpra tais obrigações, ele deve ser multado em R$ 10 mil por cada infração cometida.>
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O empresário foi processado pelo MPF após impedir que a população utilizasse uma praia na Ilha da Baleia, localizada próxima ao Farol de Santa Luzia. Conforme denúncias que constam na ação, ele ameaçava as pessoas com armas e cães de grande porte, e até ateava fogo ao longo da faixa de areia para afastar banhistas.>
O MPF ficou ciente da situação por meio de diversas denúncias, em fevereiro de 2021. João Carlos Rodrigues Neto — que é foreiro legal do local — já havia sido autuado administrativamente pela Capitania dos Portos, mas continuou com a conduta ilícita. Ele também não pagou a multa imposta anteriormente.>
Em uma das denúncias, ficou constatado que o empresário "utiliza dois seguranças agressivos que intimidam as pessoas, até mesmo com armas de fogo; soltam dois cachorros em cima das pessoas para expulsá-las da praia e colocam fogo em folhas para que a fumaça incomode embarcações que eventualmente ancorem próximo à margem da praia dessa ilha".>
Ainda segundo as testemunhas, ele também instalou irregularmente algumas boias no mar para que embarcações não ancorassem na região. Quem conseguia desembarcar era abordado por um segurança, que passava a mão na cintura, como se estivesse armado, a fim de intimidar essas pessoas. >
A Gazeta tenta contato com a defesa do empresário e, assim que houver um posicionamento, este texto será atualizado.>
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