Estagiário / [email protected]
Publicado em 25 de agosto de 2022 às 18:46
Não dá mais para chamar o aparelho de “telefone celular”. Afinal, o “telefone” nem é mais a função principal. Nossa vida inteira está, ou passa, pelo smartphone. Inclusive nossa carteira. Sabendo disso, golpistas se aproveitam para desenvolver métodos de acesso aos aplicativos bancários e carteiras virtuais. O mais novo é o golpe chamado de “mão fantasma”, em que a vítima vê, em tempo real, suas contas sendo esvaziadas. >
Funciona assim: os bandidos entram em contato com a vítima por telefone e soltam uma gravação de uma central telefônica real para simular uma transferência da ligação. A partir daí, a pessoa passa a falar com um integrante da quadrilha, que se passa por funcionário do banco, alegando que houve uma movimentação duvidosa na conta, como uma compra suspeita, por exemplo.>
Os bandidos, ainda se passando por atendentes, informam que vão enviar um link para o download de um aplicativo ou atualização de segurança. E é por esse link que eles conseguem o acesso remoto ao aparelho e, em sequência, aos aplicativos bancários. Usando a conta das vítimas, eles fazem transferências, pagam contas e boletos, solicitam empréstimos, entre outras operações que podem estar disponíveis na conta da vítima.>
O link pode vir por outro caminho, como e-mail, SMS ou via aplicativos de mensagem. Porém quem cai no golpe tem o mesmo destino: a conta limpa e, possivelmente, a vida financeira arruinada pelos bandidos.>
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O consultor de tecnologia da informação Lucas Perdigão lembra que a maioria dos golpes usa a mesma estratégia, a chamada fishing ou “pescaria”, em tradução literal. Os golpistas elaboram uma espécie de isca para ter acesso às contas bancárias das vítimas.>
“Eles se passam por funcionários do bancos, empresas de cartão de crédito, financeiras, entre outras, e sempre têm uma informação mentirosa para preocupar a vítima, como um suposto acesso suspeito ou compra suspeita. Assim, eles conduzem a pessoa a passar informações pessoais ou clicar em algum link malicioso”, explicou Perdigão.>
Segundo o consultor, uma forma de se esquivar do golpe da mão fantasma é não usar a mesma conta de e-mail do celular para a conta bancária. Para ele, o ideal é cadastrar no banco um e-mail que não pode ser acessado do próprio aparelho. “Esse golpe funciona como um acesso remoto ao celular. Se a conta de e-mail usada no celular for a mesma usada no app do banco, o bandido pode acessar as opções de recuperação de senha do banco para ter acesso à página de redefinição da senha e, assim, ter acesso total à conta da vítima”, alertou.>
Vale lembrar que essa dica é uma segurança extra para quem já caiu no golpe. O ideal é não clicar em links suspeitos. Bancos e instituições financeiras não fazem esse tipo de contato por telefone, mensagem ou e-mails. Além disso, é possível acompanhar as transações no próprio aplicativo do banco, incluindo operações que foram bloqueadas pela instituição financeira.>
A Polícia Federal lembra que os apps dos bancos já são seguros e não há necessidade de instalação de nenhum recurso de segurança adicional para eles. Caso alguém caia no golpe, é fundamental procurar a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos e registrar um boletim de ocorrência. Segundo a PF, é estimado que mais de 40 mil pessoas já tenham caído no golpe da mão fantasma em todo Brasil.>
Abaixo, listamos as principais dicas para se proteger do novo golpe >
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