Publicado em 16 de maio de 2022 às 13:15
Salta do caminhão, recolhe sacos de lixo, corre atrás do caminhão, sobe nele mais uma vez e segue para o próximo destino, onde começa tudo de novo. Essa rotina é bem conhecida por Marcelo Siqueira, o gari de 37 anos que há 14 se dedica ao ofício pelas ruas da Grande Vitória. >
Mas além de ser ágil no ofício atrás do caminhão, Marcelo dá show nas pistas de corrida. Ele é atleta e, para além da profissão, dedica-se aos treinos nas ruas e na academia. Tanta dedicação já lhe rendeu títulos. Em 2018, por exemplo, ele conquistou o quarto lugar na Corrida Dez Milhas Garoto. Também já foi campeão da Corrida dos Bombeiros. As vitórias são sempre dedicadas aos colegas de profissão: os trabalhadores da área de limpeza pública.>
"Lembro até hoje, na rota de Maria Ortiz (Vitória), de uma senhora que me dava um cafezinho. Ela sempre falava: 'você tem que correr, você tem que participar de alguma corrida'. Eu não levava aquilo a sério. Mas depois botei na minha cabeça: se uma pessoa está acreditando em mim, porque eu não posso? Aí eu comecei a fazer treinos e fui tendo conhecimento", contou ele diretamente do estúdio do telejornal Bom Dia Espírito Santo, onde esteve na manhã desta segunda (16), no Dia do Gari.>
As conquistas também lhe renderam um novo apelido. Desde que começou a correr, Marcelo passou a ser conhecido como "Garibolt" nas redes sociais.>
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Atualmente, Marcelo, que é pai de dois filhos, trabalha nas ruas de Vitória, cidade onde foi criado. Ele lembra da infância vivida na comunidade do bairro Resistência. Foi lá que o interesse pela profissão de gari começou. "A coleta do caminhão de lixo, desde quando eu era criança, já vem na minha cabeça. Meus amigos trabalhavam e eu falava que um dia eu ia trabalhar no caminhão".>
O coletor e atleta aproveita também a data para fazer um alerta e, ao mesmo tempo, um pedido: a população pode retribuir o importante trabalho de limpeza feito pelos garis com atitudes simples, que ajudam a garantir a segurança desses trabalhadores. Uma delas é separar o lixo em casa, identificando sacolas que contenham objetos cortantes. Outra possibilidade é enrolar bem esses objetos em um pedaço de papel.>
*Com informações de Maíra Mendonça, do g1 ES>
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