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ES tem quase 900 crianças sem certidão de nascimento

ES tem quase 900 crianças sem certidão de nascimento

Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (8) mostram que maior taxa da falta de registros ocorre entre os pardos, seguidos por brancos, pretos e indígenas

João Barbosa

Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 10:34

No Espírito Santo, dos 289.288 capixabas com até 5 anos em 2022, 887 não foram registrados em cartório ou não tiveram o nascimento declarado. Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), expõem os números do levantamento Registros de Nascimentos - Resultados do Universo.

Para efeito de comparação, em 2010, o Censo mostrou que, das 296.252 crianças com até 5 anos no Estado, 819 ficaram sem registro naquele ano, ou seja, 0,27%. Já em 2022, o número chegou a 0,30%. Apesar disso, no acumulado geral, a taxa de registros se manteve em 99,7%

Segundo o levantamento, do total de crianças com até 5 anos em 2022, 172.699 são negras (pretas e pardas), 115.383 são brancas, 950 indígenas, 253 são amarelas e 3 não possuem declaração de raça.

Na comparação com 2010, quando 296.252 capixabas foram contabilizados, é possível observar um aumento da população composta por pretos e pardos no Estado. Naquele ano, 169.336 foram registrados como negros; 124.439 como brancos; 1.782 como amarelos, 690 como indígenas e 2 sem declaração. 

Em 2022, a maior taxa da falta de registros foi vista entre os pardos, com 250 pessoas sem registro de nascimento, seguidos por brancos, com 177; pretos com 37 e indígenas com 2 crianças sem registro.

Aumento da  população indígena

Segundo o IBGE, além do aumento da população negra, o número de registros de indígenas com até 5 anos também aumentou no Estado.

  • Em 2010, foram contabilizados 690 indígenas, sendo que, apenas 1 estava na cota dos que não se tinha dados sobre a raça;
  • Em 2022, dos 950 indígenas até 5 anos, 944 foram registrados; os outros 6 não possuíam declaração, registro ou dados sobre a raça (não sabiam).

O levantamento ainda mostra que, no Estado, o maior número de registros foi feito na Serra, com 42.407 crianças; já o menor número foi registrado em Divino de São Lourenço, com 406 pequenos capixabas.

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