> >
"É escolher entre a decisão ruim e a menos pior", diz Casagrande sobre pandemia

"É escolher entre a decisão ruim e a menos pior", diz Casagrande sobre pandemia

Fala do governador foi dada após panorama sobre a situação dos hospitais da rede pública estadual. Em entrevista, Casagrande comentou que,  se tiver a adesão das pessoas adequadamente, prorrogação da quarentena não é cogitada no ES

Publicado em 22 de março de 2021 às 09:17- Atualizado Data inválida

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Governador Renato Casagrande em coletiva de imprensa
Governador Renato Casagrande em coletiva de imprensa. (Divulgação / Governo do ES)

Durante solenidade do início da vacinação de uma nova faixa etária no combate ao novo coronavírus, na Serra, o governador Renato Casagrande falou sobre o momento de enfrentamento da doença e o quanto é difícil tomar decisões em meio à pandemia. Segundo Casagrande, “não há decisão fácil”.

“Em um momento como este não tem decisão fácil, tem que escolher entre uma decisão ruim e uma menos pior. A gente sabe disso, que é difícil tomar decisões neste momento, mas é preciso tomar. Governador, prefeitos e secretários não têm decisões fáceis para serem tomadas, qualquer decisão é polêmica. Até porque a gente enfrenta uma politização do tema da saúde, muito forte, desde o início. Mas é preciso que a gente faça as coisas certas, justas, e é isso que estamos fazendo”, destacou.

A fala do governador veio logo após um panorama sobre a situação dos hospitais da rede pública estadual. Casagrande frisou que muitas unidades estão com leitos esgotados e outras em um estágio avançado de dificuldade para atendimento, não só para a Covid-19, mas também para outras doenças.

“Estamos com os leitos praticamente esgotados no Hospital Antônio Bezerra de Farias (em Vila Velha); no hospital Jayme (dos Santos Neves, na Serra) tem poucos; no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, os leitos estão esgotados; no Silvio Avidos, em Colatina, os leitos foram esgotados. Estamos com muita dificuldade também na Santa Casa de Misericórdia, de Cachoeiro de Itapemirim. Então, são diversos hospitais com leitos esgotados. Nós fazemos uma gestão de leitos estadual e estamos conseguindo atender as pessoas até este momento, mas é muito importante que as pessoas saibam que, neste momento, seja por Covid ou por qualquer outra enfermidade, o sistema de saúde está pressionado”, disse.

Por isso, Casagrande destacou a importância da quarentena que, segundo ele, visa diminuir a interação e, consequentemente, a transmissão e mortes causadas pelo vírus.

“Nossa interação diminuiu, mas não o suficiente para termos um resultado mais rápido. A quarentena de hoje terá resultado em 20 ou 30 dias. O que estamos fazendo hoje é para reduzir o efeito no hospital daqui alguns dias. Ainda estamos recebendo o efeito da interação de dias atrás, isso está pressionando o sistema hospitalar. Chegamos a 94% de ocupação dos leitos de UTI, diversos hospitais sem mais vagas, e não é só para Covid, mas sim para qualquer enfermidade. É por isso que tivemos que tomar uma decisão preventiva para manter um atendimento digno às pessoas. Até agora, o Espírito Santo conseguiu atender todos que precisaram de um leito de UTI ou enfermaria, nosso objetivo é continuar atendendo bem os capixabas”, completou.

QUARENTENA NO ES

Perguntado sobre a prorrogação da quarentena, o governador afirmou que isso não é cogitado no momento, mas, desde que as pessoas colaborem com as medidas determinadas.

“Neste momento, não. Se tiver a adesão das pessoas adequadamente, não. Nós queremos nestes 14 dias reduzir a transmissão do vírus e queremos voltar paulatinamente à normalidade e às atividades econômicas e sociais”, completou.

OITO HOSPITAIS SEM VAGA

Oito hospitais do Espírito Santo estão com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados para pacientes com a Covid-19 e para outras doenças. Os dados são do Painel Ocupação de Leitos Hospitalares, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizados neste domingo (21). A lista contempla unidades públicas, em geral de Norte a Sul do Estado, e as vagas disponibilizadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) nas redes filantrópica e privada.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais