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Publicado em 19 de outubro de 2023 às 09:30
No mesmo dia em que Walter Gomes Ferreira completou 70 anos de idade, a defesa do coronel reformado Polícia Militar entrou, quarta-feira (18), com pedido de prescrição criminal no caso do assassinato do comerciante Luiz Carlos Freire. A legislação penal prevê que, nessa idade, a contagem do prazo prescricional cai pela metade. A informação foi dada pela defesa de Ferreira e confirmada pela reportagem em consulta no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).>
O julgamento do caso estava marcado para abril de 2023, porém foi adiado cinco vezes. A última data havia sido marcada para o último dia 16, no entanto foi suspensa pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Cariacica Alexandre Pacheco Carreira. A petição para prescrição ainda será analisada pelo juiz. >
Vale ressaltar que a prescrição criminal não significa que um réu tenha sido considerado culpado ou inocente, apenas que o Estado não pode mais aplicar uma pena ao indivíduo. O coronel reformado segue preso no Quartel da Polícia Militar em Maruípe, Vitória. Um dos crimes pelo qual foi condenado é o do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto em 2003. >
Luiz Carlos Freire foi assassinado no dia 30 de novembro de 1992 em Flexal I, Cariacica, após sair de um bar. Mais de 10 anos depois do crime, a Justiça tornou o coronel Ferreira réu, como mandante. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ferreira e Joel Freire encomendaram o assassinato a Manoel Correa da Silva Filho, apontado como intermediário. >
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Manoel Correa chegou a ser preso e disse em depoimento que Ferreira seria o chefe de uma organização criminosa responsável por crimes de mando. Depois disso, Manoel foi transferido de presídio e morto poucas horas depois de dar entrada na carceragem. Ainda segundo a denúncia, o motivo do crime seria um desentendimento por conta da divisão de terras recebidas como herança. >
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