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Crea-ES recomenda monitoramento diário de cobertura do Terminal de Itaparica

Crea-ES recomenda monitoramento diário de cobertura do Terminal de Itaparica

Durante vistoria realizada pelo órgão, na manhã de segunda-feira (19), foram encontrados pontos cobertos de maneira paliativa com cola e adesivo; estrutura não tem suportado chuvas

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 08:46

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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) recomendou que a cobertura de lona do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, seja monitorada diariamente. A medida ocorre após uma visita dos engenheiros do órgão ao local, na manhã de segunda-feira (19). Na semana passada, A Gazeta revelou que a estrutura vai passar por um reparo de R$ 2,5 milhões

O presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva, relembra que os problemas nas membranas que cobrem o terminal rodoviário persistem desde 2021 “Em todos esses momentos, o Crea-ES fiscalizou, vistoriou e orientou os responsáveis para a necessidade de uma solução definitiva visando a segurança dos frequentadores do espaço. No entanto, nos primeiros dois meses de 2024, a estrutura voltou a ceder devido às chuvas, rompendo e provocando vazamentos e alagamentos no piso”, diz. 

Cola e adesivo encontrados na lona 

Na vistoria realizada na segunda-feira (19), foram identificadas mais uma vez avarias na membrana tensionada da cobertura do local, muitos pontos cobertos de maneira paliativa, com utilização de cola e adesivo, e rasgos de mais de 3 metros de comprimento.

“Os locais onde já haviam sido feitas manutenções, próximos dos reparos da manta, foram novamente danificados. Há uma empresa trabalhando no local. Solicitaremos ao órgão responsável uma cópia do laudo que está sendo elaborado, os nomes e as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) dos responsáveis. Vamos apurar também se houve manutenção preventiva periódica e se, por ventura, ocorreram falhas nessas manutenções”, afirmou o engenheiro Giuliano Battisti.

A recomendação do Crea-ES é por ações corretivas imediatas e pela adoção de um sistema de monitoramento constante do Terminal de Itaparica, caso seja mantida essa atual estrutura.

“Nosso parecer preliminar é de que se for mantida essa estrutura, com esse tipo de membrana, será necessário adotar um sistema de acompanhamento diário do local, que passa diuturnamente por variações térmicas importantes, sofrendo impactos diretos do sol, da chuva e de fortes ventos”, concluiu Battisti.

Reparo vai custar R$ 2,5 milhões 

O reparo da cobertura do Terminal de Itaparica vai custar R$ 2,5 milhões. A contratação ocorre após a finalização de um estudo realizado com o objetivo de apontar o que deveria ser feito no local. Desde a inauguração, em 2021, a estrutura se rompeu quatro vezes, duas somente em janeiro, após chuvas fortes atingirem a cidade. 

A empresa responsável pelas obras foi contratada pela Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) e tem o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.

O valor total das intervenções é de R$ 2.544.388,30 e engloba a prestação de serviços de reparo nas avarias causadas após episódios de chuva intensa.

Para solucionar isso, a empresa fará a soldagem de equipamentos, consertos na membrana danificada, distensionamento e retensionamento de toda estrutura, além da execução das manutenções preventivas e corretivas, vistoria dos cabos e soldas, e limpeza das membranas.

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