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Crea-ES interdita antiga sede da Imprensa Oficial após desabamento de ginásio em Vitória

Crea-ES interdita antiga sede da Imprensa Oficial após desabamento de ginásio em Vitória

Segundo presidente do Crea-ES, houve avarias na estrutura do prédio vizinho, que abrigava a Imprensa Oficial do Estado, que precisará de escoramento

Felipe Sena

Repórter / [email protected]

Publicado em 18 de maio de 2025 às 17:14

Ginásio Jones dos Santos Neves após desabamento de cobertura
Ginásio Jones dos Santos Neves após desabamento de cobertura Crédito: Fernando Madeira

O prédio que funcionava como sede da Imprensa Oficial do Espírito Santo, responsável pelo Diário Oficial do Estado (DIO/ES), foi interditado na manhã deste domingo (18), após o desabamento do Ginásio Jones dos Santos Neves (DED), em Bento Ferreira, Vitória. A decisão foi tomada após vistoria técnica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), que identificou risco de abalo estrutural na edificação vizinha ao local do acidente.

Atualmente, toda a estrutura da Imprensa Oficial está funcionando na Reta da Penha, restando apenas algumas máquinas da época em que o Diário Oficial era impresso. Não há mais atividades operacionais no local.

Antiga sede da Imprensa Oficial do ES, na Beira-Mara
Antiga sede da Imprensa Oficial do ES, na Beira-Mara Crédito: GoogleStreetView

O ginásio, que passava por uma obra de reforma e ampliação orçada em R$ 29,8 milhões, desabou no fim da tarde de sábado (17), por volta das 17h20, pouco tempo depois de os operários deixarem o canteiro de obras. Apesar da gravidade do ocorrido, ninguém ficou ferido. Três carros estacionados na lateral da estrutura foram atingidos pelos destroços.

Durante a vistoria realizada neste domingo, o presidente do Crea-ES, Jorge Santos, confirmou que o impacto da queda do ginásio comprometeu estruturas próximas, exigindo a interdição do prédio.

"O prédio (da Imprensa Oficial) vai ser interditado hoje pelo Crea-ES. Não há como ele funcionar na segunda-feira (19). Houve questões de abalamento das estruturas. Inclusive, hoje mesmo já está se tomando providências no sentido de escoramento das bases do prédio. Entendemos que o prédio sofreu essas avarias", disse o Jorge Santos. 

A obra e o desabamento

A obra do ginásio, iniciada em março deste ano, é executada pela empresa Engix Construções e Serviços Ltda, de Brasília. A reforma tem como objetivo modernizar e ampliar a estrutura do DED, com previsão de conclusão até o primeiro semestre de 2026. No momento do acidente, parte das telhas do telhado antigo havia sido removida, e uma das hipóteses apontadas pela Defesa Civil é que uma rajada de vento possa ter desestabilizado as estruturas remanescentes.

O Crea-ES destacou que a construção original do ginásio data da década de 1950 e não havia passado por manutenções preventivas significativas desde então. “Até o concreto estava comprometido, com ferragens corroídas. Tudo isso pode ter contribuído para o colapso da estrutura”, disse Santos.

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