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Covid-19: Fiocruz aponta redução de casos no ES, mas número ainda é alto

Covid-19: Fiocruz aponta redução de casos no ES, mas número ainda é alto

A queda da média diária observada nas últimas duas semanas, entre 9 a 22 de agosto, período avaliado pelo último Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, foi de 1,2%

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 20:03

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Boletim aponta queda nos casos da Covid-19 nas últimas semanas no ES
Boletim aponta queda nos casos da Covid-19 nas últimas semanas no ES. (Fiocruz)

Um estudo que será divulgado nesta quinta-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz aponta uma leve tendência de redução da taxa de incidência de casos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Espírito Santo. A queda da média diária observada nas últimas duas semanas, entre 9 a 22 de agosto, período avaliado pelo último Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, foi de 1,2%. A respeito do número de óbitos, o pesquisador da Fiocruz Daniel Villela, coordenador do programa de computação científica da fundação, afirmou que há sinal de estabilidade.

Também segundo o engenheiro, houve uma redução dos casos mais graves da doença. Apesar do quadro otimista, o estudioso deixa o alerta de que a pandemia não passou. "Fica sempre o alerta para as pessoas continuarem com o distanciamento. Mesmo com um sinal de leve redução, o número de casos e óbitos ainda é alto. A população ainda tem que ficar atenta às recomendações de controle, continuar evitando aglomerações, utilizando máscaras, para proteger a si e aos outros", afirmou.

No restante do país, o panorama esperado é de aumento do número de casos em alguns locais, por exemplo no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. "O boletim, que vem saindo a cada duas semanas, é uma iniciativa da Fundação de colocar de forma integrada vários indicadores, com as tendências da taxa de incidência e da taxa de mortalidade. No DF podemos observar uma incidência bastante alta e no Estado do Rio há vários fatores a serem percebidos, como por exemplo a interiorização da epidemia, que entrou em municípios do interior um pouco mais tarde. Na capital carioca há o efeito da flexibilização, com pessoas saindo mais e um contato maior entre elas", disse.

OCUPAÇÃO DE LEITOS

Segundo Villela, o Espírito Santo tem um índice de ocupação de leitos em 73%, o que não seria tão preocupante. "O Centro-Oeste do país, região que foi afetada um pouco mais tarde, apresenta um ritmo mais intenso de transmissão. Goiás apresenta uma situação alarmante, com o outro indicador, que é a taxa de ocupação de leitos, acima de 85%. É estado mais crítico", explicou.

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE

O estudo da Fiocruz também registrou os eventos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quadro, como indica o nome, de maior gravidade e que nem sempre deriva do coronavírus, podendo ser desencadeada por outras causas virais. "A SRAG já existia há bastante tempo, por influência de vários vírus. Mas com a pandemia, o coronavírus também pode contribuir para esta classificação de casos mais graves, que demandam internação, sendo que mais de 90% dos casos da síndrome hoje são da Covid", frisou o pesquisador.

Em geral, no Brasil, os índices da síndrome estão elevados quando comparados aos anos anteriores. No caso do Espírito Santo, Daniel Villela aponta que vem acontecendo uma redução mais significativa, o que é um dado positivo. "Apesar disso, o número de casos ainda é alto, quando comparado aos níveis de anos anteriores. Então, houve nas últimas duas semanas uma redução de casos de SRAG, mas o número não é baixo", concluiu.

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