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Covid-19: ES tem previsão de pico de casos nas próximas duas semanas

Covid-19: ES tem previsão de pico de casos nas próximas duas semanas

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, o Espírito Santo está em fase de estabilização, mas grande número de infectados em janeiro impacta nos números da pandemia

Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 18:19

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Coletiva de imprensa com o Governador Renato Casagrande e os secretários, Nésio Fernandes, da Saúde e Rogelio Amorim, da Fazenda
Nésio Fernandes, secretário da Saúde do ES, prevê um pico de casos nas próximas duas semanas. (Fernando Madeira)
ES tem previsão de pico de casos nas próximas duas semanas

O secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirmou que a previsão é de que haja um pico de casos da Covid-19 no Estado nas próximas semanas. Ele fez a declaração em coletiva de imprensa virtual realizada nesta terça-feira (1), mas ressaltou que existe a expectativa de redução do número de novas infecções a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Segundo o secretário, o Estado já está entrando em fase de estabilização dos casos da Covid-19, mas, por conta do alto número de infecções registradas ao longo do mês de janeiro, existe uma grande quantidade de pessoas doentes. Isso faz com que o Espírito Santo ainda esteja enfrentando um período de alta nas contaminações e internações pela doença.

"A força de crescimento de casos da última semana desacelerou em relação às duas semanas anteriores, representando uma carga de doentes muito grande neste momento. Nós acreditamos que nesta e na próxima semana o Estado alcance um pico máximo de crescimento da curva de casos com uma estabilização e que, na segunda quinzena deste mês, já estejamos vivendo uma fase de recuperação da curva de casos", disse Nésio Fernandes.

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No entanto, a repercussão dessa carga de doença é muito grande e impacta no comportamento das internações e nos óbitos. Nós devemos viver ainda no mês de fevereiro um período crítico

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
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O secretário da Saúde disse ainda que o Espírito Santo vive um momento de pressão do sistema de saúde, principalmente em decorrência do grande número de profissionais afastados por conta da Covid-19. Segundo Nésio Fernandes, mais de 2 mil trabalhadores da saúde – entre funcionários das redes pública e privada – tiveram de ser afastados.

"O Espírito Santo decidiu adotar uma medida importante para reduzir o impacto do afastamento médico de trabalhadores próprios e terceirizados da rede de saúde capixaba. Nós tivemos, ao longo do mês de janeiro, aproximadamente 1.536 trabalhadores afastados do serviço na Sesa. Se somarmos os terceirizados, passamos de 2 mil afastamentos pela Covid-19 em um mês", disse.

"Somado às dificuldades do serviço por ser um período de férias, os serviços de saúde passaram a ser fortemente comprometidos. E a agenda de ampliação de leitos estava comprometida com o fato de um percentual muito grande de trabalhadores afastados. Esse fenômeno se aplica às equipes ambulatoriais, às equipes de testagem. O afastamento médico representa um risco real de garantia ao acesso dos serviços público e privado", continuou Nésio.

ES tem previsão de pico de casos nas próximas duas semanas
Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
70% dos internados por Covid-19 no Estado não estão vacinados contra a doença. (Reprodução/TV)

Ainda de acordo com o secretário, 70% dos internados por conta da Covid-19 no Estado são pessoas que não estão vacinadas. Nésio Fernandes afirmou que o percentual de quem recebeu nenhuma dose de imunizantes contra a doença representa cerca de 3,7% da população - pouco mais de 95 mil capixabas.

Além disso, o secretário ressaltou que 65% dos mortos por Covid-19 no mês de janeiro são de pessoas com o esquema vacinal incompleto ou em atraso. Ele apontou que as chances de uma pessoa não vacinada morrer em decorrência da doença são bem maiores do que entre vacinados.

"Isso representa que a chance de uma pessoa não vacinada evoluir a óbito entre o pequeno percentual - são aproximadamente 95 mil adultos não vacinados. Deste pequeno percentual, a taxa representa uma magnitude de 56 vezes maior a chance de óbito entre pessoas não vacinadas do que entre pessoas com esquema completo. Representa um número 30 vezes maior do que o de pessoas que tenham recebido ao menos uma dose. É inegável o efeito na redução do risco de óbito e hospitalização das pessoas com esquema vacinal completo", concluiu Nésio.

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