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"Coruja-diabo" é resgatada pela Polícia Ambiental no interior do ES

"Coruja-diabo" é resgatada pela Polícia Ambiental no interior do ES

O animal é da espécie Asio stygius e tem este apelido por conta de seu corpo escuro, penugem em formato de 'orelhas' na cabeça e olhos que ficam vermelhos

Publicado em 5 de maio de 2021 às 17:48

Coruja 'mocho-diabo' é resgatada pela Polícia Ambiental no interior do ES
Coruja 'mocho-diabo' é resgatada pela Polícia Ambiental no interior do ES Crédito: Divulgação/PMES

O aparecimento de uma coruja conhecida como "mocho-diabo" ou "coruja-diabo" foi registrado em Virada, na zona rural de Santa Maria de Jetibá, região Serrana do Espírito Santo. O animal foi encontrado por um morador da região e o resgate, que aconteceu nessa terça-feira (4), foi feito pela Polícia Militar Ambiental.

De acordo com a PM, a coruja estava dentro de uma casa e o morador que a resgatou alegou que o animal apresentava um comportamento estranho, uma vez que não se mexia e estava acuada. 

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Já ouviu falar em coruja-diabo - uma delas foi resgatada no interior do ES

A polícia explicou ainda que a ave foi recolhida e encaminhada para o Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), em Aracruz, para que possa receber os devidos cuidados.

POR QUE "CORUJA-DIABO"?

Esta espécie de coruja, cujo nome científico é Asio stygius, também é conhecida por outros nomes peculiares: coruja "mocho-diabo" ou "coruja-diabo". Segundo o biólogo Daniel Motta, as nomenclaturas atribuídas ao animal vêm de sua aparência. 

"Seu nome científico vem do latim asio, tipo de coruja orelhuda, e stygius, ou seja, infernal. O nome mocho-diabo é devido ao seu corpo escuro, as suas duas penugens em formato de 'orelhas' parecendo chifres, e aos seus olhos, que ficam vermelhos quando direcionam luz a eles", explicou.

Coruja 'mocho-diabo' é resgatada pela Polícia Ambiental no interior do ES
Animal é conhecido como 'coruja-diabo' pela sua aparência Crédito: Divulgação/PMES

A Polícia Militar detalhou que o aparecimento dessa espécie ocorre do México e Antilhas à região do Paraguai, Brasil e Argentina. No Brasil, segundo Daniel, os registros mais comuns são na região Sul e Sudeste, majoritariamente em florestas úmidas e semiáridas com altitudes maiores que 600m.

"Como na maioria das corujas, as fêmeas são maiores que os machos. As fêmeas dessa espécie possuem tamanho médio de 45cm, enquanto os machos, 40cm. Possuem íris amarela, duas penugens parecendo 'orelhas' e o corpo com aspecto escuro na fase adulta. Alimentam-se de pequenos mamíferos, morcegos, outras aves e insetos", finalizou o biólogo.

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