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Com as chuvas, surgem os buracos no asfalto: por que isso acontece?

Com as chuvas, surgem os buracos no asfalto: por que isso acontece?

Segundo especialista,  a maioria dos municípios da Grande Vitória não possui um plano de substituição do pavimento no término de sua vida útil, que varia de 5 a 10 anos

Publicado em 13 de outubro de 2021 às 19:40

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Operação tapa-buracos na Br 101 - entrada de Barcelona, Serra
Após chuva, equipe realiza operação tapa-buracos na BR 101, na Serra. (Ricardo Medeiros)
Autor - Matheus Metzker Vieira
Matheus Metzker Vieira
Aluno do 24º Curso de Residência em Jornalismo / [email protected]

Após as chuvas que atingiram o Espírito Santo e provocaram estragos, principalmente na Grande Vitória, surge sempre o mesmo problema: buracos no asfalto. Ruas e avenidas ficam repletas de rachaduras e fissuras, que podem representar perigo e prejuízos aos motoristas. Mas, afinal, por que isso acontece?

Em entrevista ao programa CBN Cotidiano, da CBN Vitória, o engenheiro civil especializado em Infraestrutura e professor de Fundações e Projetos de Estradas, Aprígio Barreto, explicou que os buracos surgem após as chuvas devido à falta de planejamento do Estado e dos municípios.

“A forma que tratam o problema é colocando massa em um buraco aberto. Fazem remendos. Quando temos uma operação tapa-buracos (manutenção corretiva), significa que não preocupação em corrigir esse problema”, ressaltou o engenheiro durante a entrevista (confira na íntegra).

Entrevista com o engenheiro civil Aprígio Barreto

Segundo Barreto, a solução é apostar nas manutenções preventivas, substituindo tanto os pavimentos que estão bons, quanto os que, na vida útil, já apresentam trincas e sinais de fissuras e de desgaste. “É preciso garantir que a vida útil do asfalto esteja sempre nos prazos normativos”, afirmou o professor.

O especialista destaca que, apesar de ser algo importante, a maioria dos municípios da Grande Vitória não possui um plano de substituição do pavimento no término dessa vida útil, que tende a variar de 5 a 10 anos, dependendo do material utilizado.

“Realizar um paliativo acaba sendo um barato que sai caro. Afinal, o Estado e os municípios precisam fazer, a todo momento, operações de tapa-buraco. Podemos gastar menos a longo prazo se corrigirmos tudo. Mas, enquanto essas operações continuarem, ninguém estará preocupado na prevenção”, concluiu Barreto.

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