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Callianthe capixabae: nova espécie de planta é descoberta no Sul do ES

Callianthe capixabae: nova espécie de planta é descoberta no Sul do ES

Espécie ornamental de grupo conhecido como balãozinho japonês ou lanterninha japonesa foi achada no Parque Estadual Forno Grande, em Castelo, e na Serra do Valentim, entre Iúna e Muniz Freire

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 10:49

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Nova espécie de planta é descoberta no Sul do Espírito Santo
Nova espécie de planta é descoberta no Sul do Espírito Santo . (Divulgação/ Instituto Nacional da Mata Atlântica)

Uma nova espécie de planta foi descoberta na Mata Atlântica capixaba, no Sul do Estado Espírito Santo. A espécie ornamental, que ganhou o nome Callianthe capixabae, foi encontrada no Parque Estadual Forno Grande, em Castelo, e na Serra do Valentim, entre os municípios de Iúna e Muniz Freire.

Segundo pesquisadores do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), a espécie é de um grupo conhecido como balãozinho japonês ou lanterninha japonesa. A descoberta foi publicada no periódico Phytotaxa, dedicado à taxonomia (ramo da biologia responsável por descrever e identificar espécies) botânica, no último dia 29.

A planta é bastante semelhante a outras duas espécies, mas um dos pesquisadores do instituto, João Paulo Zorzanelli, fala das diferenças. “A nova espécie ocorre em sub-bosques florestais do interior do Espírito Santo, em altitudes de 1.100 a 1.300 metros. Sua floração foi registrada de abril a agosto e frutos foram registrados em julho. Em relação aos balõezinhos japoneses e lanternas japonesas amplamente cultivadas, Callianthe capixaba possui folhas totalmente distintas, com a parte de baixo, por exemplo, de coloração meio acinzentada, tecnicamente chamamos essa característica de folhas discolores”, explica.

Além de João Paulo Zorzanelli, participaram da descoberta os pesquisadores Maria Tereza R. Costa e Massimo Bovini, ambos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

Maria Tereza Costa faz um alerta sobre a conservação da espécie recém descoberta. Segundo ela, as plantas encontradas no Parque Estadual do Forno Grande (PEFG), que é protegido como unidade de conservação, estão localizados nas margens da pista única para ecoturismo, podendo sofrer depredação.

“A outra população foi identificada em uma mata à beira da estrada que dá acesso a torres de comunicação na Serra do Valentim, local que não faz parte de unidade de conservação, estando já sujeita a ameaças como incêndios florestais e cortes para manutenção periódica das estradas”, disse a pesquisadora.

Por sua característica ornamental, a planta, segundo os pesquisadores, apresenta grande potencial para inclusão em programas de melhoramento genético e seu emprego em ornamentação, arborização e outros usos.

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