> >
Cafezinho na hora e no pix da confiança? Tem dado certo em avenida de Vila velha

Cafezinho na hora e no pix da confiança? Tem dado certo em avenida de Vila velha

Ex-comerciante, vendedor aposta na boa-fé alheia para vender a bebida a cada intervalo de um minuto em um semáforo da Avenida Carlos Lindenberg

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 18:42

Sanderley Vargas aposta na boa-fé alheia enquanto vende café em um semáforo da Avenida Carlos LIndenberg, em Vila Velha

Qual o preço da confiança? Para Sanderley Vargas, 29 anos, é algo difícil de mensurar, mas é graças a ela que tem conseguido dar a volta por cima depois de uma sucessão de problemas.

Desde junho, Sanderley, que costumava ser dono de um comércio, vende café em um semáforo da Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha. Um copo da bebida tem preço simbólico de R$ 2, que podem ser pagos no momento em que o cliente se sentir mais confortável.

“O ‘Pix da confiança’ começou porque tenho 60 segundos para realizar uma venda [o tempo até a abertura do semáforo]. Se eu pedir para pagar na hora, pode ser que a pessoa tome uma multa [por não se mover], que derrube o café, e eu vou perder o cliente, ele nunca mais vai comprar comigo. Então resolvi confiar no capixaba, dar uma certa liberdade para realizar o pagamento, e está dando certinho”, relatou em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta.

Tudo começou após uma experiência ruim do vendedor, que, após um assalto, fechou o comércio que tinha em Vila Velha para tentar uma vida no exterior, mas acabou voltando ao país quando percebeu que as coisas não seriam tão simples.

A ideia de negócio surgiu em junho, como um experimento. Segundo Sanderley, após perceber que muitas pessoas acordam atrasadas e saem de casa sem tomar o café da manhã, decidiu se arriscar no semáforo, levando uma garrafa de café.

Sanderley Vargas ficou conhecido em Vila Velha, pela venda de café no
Sanderley Vargas ficou conhecido em Vila Velha, pela venda de café no "Pix da confiança" Crédito: Instagram/Reprodução

Uma garrafa se transformou em seis: quatro pela manhã, e duas durante no período da tarde. Ele conta que, em geral, chega ao semáforo entre 6h e 7h e o café costuma acabar até as 10h. Depois, retorna para um segundo turno, que começa por volta das 15h30 e vai até a bebida acabar.

“Tem muito cliente que paga a mais. O copo de café tem o valor simbólico de R$ 2, mas na semana passada, por exemplo, teve cliente que pagou R$ 40, R$ 50, R$ 100. Nesses dias, que viralizou um vídeo meu [contando sobre a jornada], teve cliente que me doou café, que me deu marmita… Tem sido muito bom", explica.

Este vídeo pode te interessar

  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais