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Bom exemplo dos pais é a chave para retorno seguro das aulas presenciais

Bom exemplo dos pais é a chave para retorno seguro das aulas presenciais

Segundo a mestre em Saúde Coletiva, Bianca Martins, os bons hábitos cultivados durante a pandemia pelos pais para evitar o contágio da Covid-19, como o uso da máscara e limpeza das mãos, que já devem estar consolidados na vida dos alunos

Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 20:58- Atualizado há 3 anos

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Alunos da Escola Major Alfredo Rabaioli, no bairro Mário Cypreste, com distanciamento entre eles na sala de aula
Alunos da Escola Major Alfredo Rabaioli, no bairro Mário Cypreste, com distanciamento entre eles na sala de aula. . (Carlos Alberto Silva)

A primeira semana do mês de fevereiro no Espírito Santo marca a volta dos alunos das redes particular e pública ao ensino presencial e híbrido. Com cuidados já estabelecidos, como o uso da máscara e a disponibilização de álcool em gel para evitar o contágio do novo coronavírus, as crianças e adolescentes podem voltar a frequentar as instituições de ensino. Mas há uma forma de orientar os estudantes para o retorno ao convívio com colegas e professores nessa nova realidade?

De acordo com a psicóloga, psicanalista e mestre em Saúde Coletiva, Bianca Martins, não há nenhuma recomendação nova. Os bons hábitos cultivados durante a pandemia, como o uso da máscara e limpeza das mãos, que já devem estar consolidados na vida dos alunos. Por isso, não é momento de surpresa. As regras que já conhecemos desde o início do ano de 2020 devem ser seguidas à risca na escola também. Esse exemplo e a cobrança para a manutenção desses cuidados devem vir dos pais e responsáveis.

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As famílias e a comunidade escolar estão apreensivas. Quanto mais nova a criança, mais ela precisará de atenção, assistência. Em nosso cotidiano, tenho certeza que os pais orientaram os filhos sobre os cuidados. Assim, a escola será a 'cereja do bolo', apenas reforçando esses cuidados. A criança irá chegar com os hábitos corretos

Bianca Martins
Psicóloga, psicanalista e mestre em Saúde Coletiva
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Em entrevista ao jornalista Lucas Valadão, da Rádio CBN Vitória, Bianca Martins ressaltou que as crianças necessitam do contato com os colegas de escola, mas lembrou que é preciso tomar cuidado na hora de "matar a saudade". Segundo a psicóloga, quando a criança é muito pequena ela acaba demonstrando carinho por meio de abraços, com bastante contato físico, um risco para a disseminação da Covid-19. Nesse caso, é preciso vigilância por parte das escolas e reforço na orientação.

A retomada das aulas presenciais acontece ao passo que os Estados brasileiros recebem as vacinas contra a Covid-19. Porém, mesmo com a campanha de vacinação já iniciada no Espírito Santo, o risco de contaminação ainda é grande, já que uma parcela muito pequena na população recebeu apenas a primeira dose do imunizante. 

Orientar e chamar a atenção da criança quanto aos hábitos para evitar a proliferação do vírus é responsabilidade dos pais, como explica a psicóloga. De acordo com Bianca Martins, o desrespeito às regras não é culpa da criança, mas de quem participa da educação dela. É preciso ser o exemplo.

"A criança aprende por imitação. O problema não está nela. Embora algumas famílias tenham uma forma diferente de pensar, é importante que procuremos o bem-estar de todos. O hábito de usar máscara, por exemplo, é desconfortável, mas precisamos suportar. Vale mais o que os pais e professores fazem do que o que eles dizem", afirma.

Segundo o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), 90% das escolas da rede particular voltaram às atividades nesta segunda (01).

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