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Trabalho digital multiplica as oportunidades no campo

Trabalho digital multiplica as oportunidades no campo

Com as novas tecnologias chegando à roça, as propriedades rurais precisam cada vez mais de mão de obra especializada

Publicado em 22 de agosto de 2023 às 10:16

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Profissões na área de tecnologia terão mais oportunidade de emprego nos negócios ligados ao campo
Profissões na área de tecnologia terão mais oportunidade de emprego nos negócios ligados ao campo. (Freepik)

A mão de obra é um dos fatores que medem o dinamismo dos diversos setores da economia, inclusive do agronegócio. E a modernização do campo, com a adoção de novas tecnologias, deve impulsionar ainda mais a geração de novos postos de trabalho para profissionais especializados.

Segundo o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Senai, até 2030, o Brasil deve criar, no agro, 180 mil vagas de emprego por causa da digitalização dos negócios.

Os efeitos dessa onda de contratações já estão sendo sentidos no país e também no Espírito Santo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a agropecuária foi uma das líderes na geração de empregos no Estado capixaba e em todo o território nacional no primeiro semestre de 2023, período de safra de diversas culturas.

No Brasil, entre janeiro e junho, foram mais de 86 mil empregos criados pela agropecuária, sendo maio o mês com melhor resultado, com mais de 19.400 novos postos de trabalho. De acordo com o Caged, os trabalhadores que atuam nas áreas tecnológica e mecanizada foram os segundos no ranking dos profissionais mais contratados no país e no Espírito Santo pelas fazendas.

Retrato capixaba

No Espírito Santo como um todo, o mercado de trabalho está em ritmo acelerado, mas o agro tem se destacado. Das 29.791 vagas criadas pelas mais diversas atividades econômicas no período, 5.293 vieram da agropecuária. “Isso levando em consideração apenas o elo produtivo de dentro das porteiras. Se considerarmos os outros elos do agronegócio, antes e depois da porteira, como insumos, indústria e distribuição, esse número certamente fica ainda maior”, ressalta o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli.

O mês mais aquecido para o emprego no campo foi maio, quando 7 mil contratações foram feitas, entre as 13.500 oportunidades geradas em todos os setores. “O Espírito Santo teve crescimento na geração de empregos em todos os setores. Mas o destaque ficou com a agropecuária. O que explica esse boom, em certa medida, é a cafeicultura, que teve um aumento importante na contratação nesse período”, analisa o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira.

Em junho, com o fim da colheita de algumas culturas, foram mais de 3 mil desligamentos, mas no segundo semestre o trabalho no campo deve voltar a todo vapor. “Avaliando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Jones dos Santos Neves, a expectativa é positiva para agricultura e pecuária. A tendência é seguir em crescimento durante o resto de 2023”, acredita.

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