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Produtores capixabas vão receber sementes de cacau em 2020

Produtores capixabas vão receber sementes de cacau em 2020

Inicialmente, o governo vai doar 500 mil sementes para ampliação da a área de cultivo. Atualmente, o Estado tem 20 mil hectares plantados com a fruta

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 16:14

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O cacau é um dos princiapais produtos da agricultura capixaba. (Pixabay)

Espírito Santo vai ampliar sua área de cultivo de cacau nos próximos anos. Para que isso ocorra, serão dadas pelo governo, no ano que vem, cerca de 500 mil sementes híbridas do fruto para os agricultores capixabas.

Atualmente, a cultura ocupa uma área plantada equivalente a 20 mil hectares. Cerca de 80% da produção do Estado está concentrada no município de Linhares, na Região Norte, na Bacia do Rio Doce. Já os outros 20% da produção cacaueira estão distribuídos entre 40 municípios capixabas.

A doação de sementes foi um pedido da feito pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e  Abastecimento (Mapa).

Os produtores interessados serão cadastrados nos próximos meses e receberão as sementes no ano que vem. Ainda não foi divulgado, entretanto, onde q quando fazer a inscrição, o que deve ser informado nas próximas semanas. As sementes são produzidas pela unidade da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) no Pará, que abriga o maior banco de germoplasma de cacau do mundo.

MATERIAL GENÉTICO 

A Ceplac já distribui sementes melhoradas geneticamente para os Estados do Amazonas e do Pará, onde a produtividade alcança médias superiores às de países reconhecidos como grandes produtores de cacau.

A partir da fecundação entre diferentes linhagens de cacaueiro, as sementes híbridas do Pará reúnem 22 combinações híbridas, que podem gerar frutos com cargas genéticas diversas.

Atualmente, os cacauicultores do Espírito Santo utilizam clones de cacaueiros vindos da Bahia.  Essas mudas clonais foram desenvolvidas pela Ceplac para tornar as plantas mais produtivas e resistentes à “vassoura-de-bruxa”, doença que devastou a lavoura cacaueira na Bahia na década de 1990.

Segundo o coordenador de projetos da Seag, Ederaldo Panceri, o pedido de sementes foi feito à Ceplac devido ao desenvolvimento das plantas híbridas de cacau no Pará. Além de maior produtividade e diversidade, os cacaueiros de origem seminal atraíram a atenção dos produtores no Espírito Santo por apresentarem maior facilidade de manejo das plantas e produção.

“Entendemos que o uso desta tecnologia pode trazer grandes benefícios para nosso Estado por estar de acordo com nossas políticas públicas de desenvolvimento e com as diversas entidades que compõem este arranjo produtivo”, disse Panceri na solicitação.

O coordenador ainda informou que diversos municípios capixabas têm buscado a secretaria com o intuito de receberem sementes de cacau para a expansão dos plantios, principalmente os agricultores familiares. Ele ressaltou a importância socioeconômica e ambiental da cacauicultura, principalmente na composição com outras plantas nas modalidades Cabruca e Sistemas Agroflorestais (SAFs).

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