Publicado em 27 de agosto de 2019 às 21:45
Nove produtores rurais capixabas foram escolhidos para participar de um programa mundial de apoio técnico na produção de cacau.>
Por meio do projeto, gerido pela Nestlé, os agricultores são capacitados para produzir um cacau de melhor qualidade, que vai ser utilizado como matéria-prima para a multinacional, e para aumentar a produtividade das propriedades rurais. Os produtores recebem uma gratificação de R$ 100 por cada tonelada de amêndoas comercializadas.>
A venda é feita através da Barry Callebaut, empresa parceira da Nestlé. Outros 45 produtores do Espírito Santo também manifestaram interesse em fazer parte dessa capacitação e aguardam uma aprovação da multinacional. Dos nove produtores que já integram o projeto há dois meses, sete são de Linhares, um de São Mateus e um de Rio Bananal.>
Uma das propriedades que recebem o suporte do projeto é a fazenda administrada por Valter Dadalto, em Rio Bananal, com 25 hectares de cacau. A fazenda quer dobrar a produção ainda neste ano.>
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Quando você mantem limpo, bem podado, o pé de cacau normalmente produz mais. Na planilha enviada pela equipe do projeto, há ensinamentos de como adubar e de outros procedimentos importantes. Além de recebermos a visita surpresa de um fiscal", comenta Dadalto.>
O grupo de agricultores capixabas atendidos pelo projeto desde junho é formado sobretudo por médios produtores da região de Linhares. A menor propriedade tem 12 hectares e a maior, 518 hectares.>
Fizemos uma reunião em Linhares agora em junho. Conseguimos atrair 60 produtores para conhecer o projeto e 54 pessoas manifestaram interesse em participar. Demos início às visitas e nove já fazem parte da nossa ação, relata o gerente da área agrícola da Nestlé, Pedro Malta.>
Antes de aceitar a adesão dos produtores, a multinacional envia um técnico agrícola para visitar a propriedade. Nessa espécie de vistoria, a empresa verifica se a fazenda atende aos pré-requisitos do projeto. O produtor precisa seguir plenamente a legislação ambiental e a legislação trabalhista vigente, reforça o porta-voz da multinacional.>
Além do Espírito Santo, a Bahia também é contemplada pela parceria com a Nestlé, que também mantém o projeto em outros países. No Estado vizinho, 98 produtores já recebem o suporte técnico da empresa.>
REQUISITOS>
Entre os pré-requisitos para participar do projeto, segundo a multinacional, estão exigências como proibição de manter animais silvestres em cativeiro e respeitar as áreas de proteção permanente, protegendo nascentes e cursos d'água.>
Caso tenha funcionários, esses colaboradores devem ser devidamente registrados, respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho. Se forem parceiros agrícolas, os chamados meeiros, esses devem ter um contrato de parceria de conhecimento mútuo e harmônico.>
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