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Juiz rejeita acordo de US$ 25 milhões oferecido às vítimas de Harvey Weinstein

Juiz rejeita acordo de US$ 25 milhões oferecido às vítimas de Harvey Weinstein

Proposta impediria acusadoras do cineasta, condenado a 23 anos de prisão, de continuarem processos

Publicado em 15 de julho de 2020 às 10:26

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O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein  comparece à corte de Manhattan, em Nova York, para a  deliberação do júri no seu julgamento por estupro, nos Estados Unidos
O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein comparece à corte de Manhattan, em Nova York, para a deliberação do júri no seu julgamento por estupro, nos Estados Unidos. (John Minchillo / AP / Estadão Conteúdo)

O juiz federal Alvin Hellerstein recusou uma proposta de US$ 25 milhões, cerca de R$ 135,7 milhões, entre Harvey Weinstein, o estúdio de audiovisual The Weinstein Company e as vítimas do cineasta, que em fevereiro deste ano foi condenado a 23 anos de prisão por estupro e outros tipos de violência. A rejeição do acordo ocorreu nesta terça-feira (14), em Nova York.

"Com base nos meus estudos dos documentos e nas falhas que observei, não darei aprovação preliminar ao acordo", declarou o juiz.

O acordo, anunciado no início de julho pela procuradora-geral Letitia James, faz parte de uma ação que encerra as obrigações da The Weinstein Company e envolve US$ 47 milhões (R$ 255 milhões). Desse valor, US$ 18,9 milhões, ou R$ 102,5 milhões, seriam destinados às acusadoras no âmbito de ação coletiva e US$ 5,4 milhões, ou R$ 29,3 milhões, às de ação invidual. O restante do dinheiro seria enviado aos credores e advogados da empresa de Weinstein.

Logo que divulgada, a proposta sofreu duras críticas sob o argumento de que, se aceito, o acordo judicial impediria as vítimas do cineasta de prosseguirem com os processos e isentaria Weinstein da responsabilidade pelos crimes cometidos.

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"Dizemos há mais de um ano e meio que os termos e condições do acordo eram injustos e nunca deveriam ser impostos aos sobreviventes de agressão sexual", escreveram em nota os advogados Douglas H. Wigdor, Kevin Mintzer e Bryan Arbeit, que representam algumas das vítimas do caso. "Estamos satisfeitos que o juiz Hellerstein tenha rejeitado rapidamente a proposta unilateral."

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