Legítima manifestação democrática, o "panelaço" virou protagonista da verdadeira "batalha campal" instaurada no Brasil em épocas de pandemia do novo coronavírus. Ao som de batidas de panelas com colheres de pau, atos pró e contra o governo Jair Bolsonaro viraram rotina nas janelas de um país marcado pela polarização.
Ideologias políticas à parte, a criatividade e o empreendedorismo do brasileiro sempre se sobressaem em meio à crise. Um grupo de publicitários e músicos se reuniram para transformar esses "panelaços" em ato cultural. O resultado foi o projeto Álbum Panelaço, que transforma os sons das batidas de panela em música autoral.
Você também pode participar da ação coordenada pelos músicos Lucas Mayer e Kabé Pinheiro e pelos publicitários Pedro Américo, Luis Paulo Gatti e Edu Balestra. Basta assinar uma petição online na plataforma Change.org. A cada nova assinatura, um som de panela será gravado em estúdio pelo percursionista Kabé Pinheiro. Além disso, o nome do assinante pode ser inserido como participação especial no álbum.
As composições ficarão disponíveis nas principais plataformas de streaming, como Deezer e Spotify. A renda será transformada em doações para o projeto Makers Contra a Covid, que utiliza tecnologia, impressoras 3D e força de trabalho de voluntários para produzir e distribuir máscaras para profissionais de saúde que estão na linha de frente contra o coronavírus.
O primeiro single do projeto, intitulado "O Chamado", já está disponível. Confira no link abaixo.
Depois de destruir a primeira panela batendo na janela, fui atrás de um áudio que me permitisse manter o protesto sem estragar todo meu arsenal de cozinha. Dividi o som com os amigos e isso viralizou, até que vimos o potencial de transformar tudo isso em um movimento positivo, com benefícios reais à sociedade, destaca o músico e produtor Lucas Mayer.
O Chamado, inclusive, pode ser visto como um "esquenta", uma espécie de convocação para que mais pessoas abraçarem o projeto. Muita gente deseja se manifestar e quer ajudar, mas não sabe como. Este será apenas mais um canal, complementa Mayer.
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