Marco Luque passeia pelo que poderíamos chamar de comédia popular no espetáculo "Todos Por Um", que estará em cartaz no próximo sábado (7), no Cerimonial Na Vista, na Enseada do Suá, em Vitória. Repleta de personagens caricatos, como os conhecidos Jackson Faive, Silas Simplesmente, Mustafáry, Ed Nerd e Mary Help, a peça mescla cenas do cotidiano com situações banais frente às mais diversas reações.
Luque atribui o sucesso de "Todos Por Um" a essa gama de personagens, que permeiam as camadas populares da sociedade. Isso porque Jackson Faive é um motoboy superfamoso de São Paulo; Silas Simplesmente, um taxista com visual anos 70; Mustafáry é o famoso criador do neosubstantivo "serumaninho", que faz sucesso na internet; Ed Nerd, como o nome já diz, é adepto ao mundo geek e, por isso, é vítima de bullying na escola; e Mary Help é Maria do Socorro à americana, uma diarista engraçadíssima.
"O pessoal se identifica com os personagens. Muita gente, quando entra o motoboy, também se vê naquelas situações então o riso é duplo. E é um espetáculo muito leve, muito a ver comigo. Não sou polêmico", diz Marco, em entrevista à reportagem.
Segundo ele, algumas surpresas estão programadas para acontecer durante a apresentação, mas não dá para adiantar muita coisa: "Não adianta nada se eu contar, né? (Risos)".
O artista conta que, apesar dos personagens serem figurinhas fáceis em vídeos que têm milhares de milhões de acessos na web, ao vivo a sensação de vê-los é diferente. "Querendo ou não, o público acaba interagindo e há um roteiro a seguir, mas tem coisa que é do momento. Palco é sagrado. Mas a internet é um termômetro porque a gente vai vendo o que funciona e o que não dá certo", entrega.
No palco de Marco, música, dança e até mágica viram piada. De uns tempos para cá, ele passou a incrementar suas apresentações com esses elementos artísticos que antes não eram explorados, mas que despertaram nele uma oportunidade de inovar no humor.
"É uma forma de presentear a platéia, né? Para fazer diferente, inovar, saber que a galera vai assistir e ver um trabalho artístico forte, com horas de ensaio e tudo o mais. É até uma grande forma de inovar na comédia, porque esse formato stand up é muito legal, mas ele não tem muita produção. É algo mais livre", pontua.
O ator também crê que toda essa mistura artística acaba formando uma consciência em quem participa das apresentações. E Marco se justifica: "Mustafáry fala de ecologia, meio ambiente... Jackson fala de você se importar com o outro, com as pessoas à sua volta, de forma geral também há mensagens de machismo, relacionamento... É um toque que eu gosto de dar na sociedade. Acho que também temos que ter esse compromisso. É só ter cuidado para não fazer um humor agressivo. Mas é tudo leve, é meu estilo. Não sou um cara polêmico, gosto de humor leve", finaliza.
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