Publicado em 18 de outubro de 2019 às 08:10
Durou pouco mais de duas semanas o tempo que Jeyson Dias Cabral da Silva permaneceu no cargo de superintendente do Iphan em Minas Gerais.>
Ele foi nomeado em 25 de setembro em substituição à museóloga Célia Corsino, exonerada após quatro anos de exercício no cargo. Acabou sendo exonerado nesta quinta-feira (17). O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o Ministério da Cidadania não informaram a razão da exoneração.>
A escolha de Cabral da Silva pelo Ministério da Cidadania havia sido questionada por profissionais da área, assim como a de outros nomes. Ele não tinha experiência ou formação para o cargo. >
O Instituto de Arquitetos do Brasil e a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas enviaram nesta quarta (16) denúncia ao Ministério Público Federal e à Procuradoria Geral da República, pedindo ajuizamento de ação para anular as nomeações de novos superintendentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.>
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O Iphan é uma autarquia vinculada ao Ministério da Cidadania que zela pela preservação do patrimônio em esfera federal, com atuação nos estados por meio de superintendências. >
No mês passado, técnicos de carreira que atuavam como superintendentes do instituto em Minas Gerais, no Paraná, em Goiás e no Distrito Federal foram trocados por nomes sem experiência na área do patrimônio, mas vinculados à base aliada do governo Bolsonaro. >
Antes de assumir a cadeira no órgão responsável por preservação do patrimônio histórico, Cabral da Silva foi cinegrafista da Câmara Municipal de Juiz de Fora.>
Sua indicação partiu do deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG).>
Em setembro, o prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta (MDB), o também emedebista Juscelino Roque, prefeito de Diamantina, e o tucano José de Freitas Cordeiro, o Zelinho, prefeito de Congonhas, enviaram cartas ao ministro Osmar Terra pedindo a recondução de Corsino ao cargo.>
Ainda não foi informado quem assumirá o cargo de Cabral da Silva após sua exoneração.>
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