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Casaca diz ter levado calote em show realizado em Regência

Casaca diz ter levado calote em show realizado em Regência

Apresentação foi realizada em junho de 2019, promovida por uma parceria entre a Associação de Moradores de Regência (Amor) e a Fundação Renova, criada pela Samarco

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 17:32

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Reclamação: A Banda Casaca alega não ter recebido o cachê de R$ 16 mil por sua participação em festa em Regência. (Divulgação)

Uma das atrações do 28º Encontro Nacional das Bandas de Congo - que serviu para celebrar a festa centenária de Caboclo Bernardo, em Regência, Linhares -, a Banda Casaca acusa a organização do evento de calote. De acordo com o empresário do grupo, Hudson Cribari Lyra, o Casaca não recebeu o cachê de R$ 16 mil prometido por sua apresentação no evento, em junho de 2019.

“A solicitação do show foi feita pela Associação dos Moradores de Regência (Amor) por meio do seu então representante, Fábio Gama. De acordo com Fábio, os recursos para a festa seriam fornecidos pela Fundação Renova”, informa o empresário. A Renova foi criada pela Samarco para desenvolver o turismo e a cultura das regiões afetadas pela tragédia da lama de Mariana (MG).

De acordo com Hudson, três reclamações foram protocoladas na auditoria da Renova, nos dias 20/09/2019, 25/09/2019 e 03/12/2019. Todas elas cobram o pagamento da dívida.

“A organização da festa alega que ainda não foi feito o aporte financeiro. Em contrapartida, a Renova diz que já pagou uma parcela do patrocínio. Está um jogo de empurra que não chega a lugar nenhum. O Casaca é só um dos prejudicados com essa incerteza financeira”, relata Lyra. O empresário também informa que foi dado à banda um prazo de 90 dias (desde a realização do show, em 2 de junho) para que a situação fosse regularizada e este tempo venceu no dia 2 de setembro.

Em nota, Renato Casanova, vocalista do Casaca, afirma que a situação é um desrespeito com os artistas, que saíram da Barra do Jucu, em Vila Velha, para prestar serviços em Regência.

“Não temos nada com os problemas entre a Fundação Renova e a Associação de Moradores. Eles devem resolver isso sem envolver os artistas. A gente não recebeu o cachê e não deram qualquer previsão. É um calote mesmo”.

O OUTRO LADO

Procurado pela reportagem e A GAZETA, a Renova respondeu em nota oficial que o pagamento seria feito em três parcelas. A primeira já teria sido paga e as outras duas estão em aprovação.

"A Renova  realizou uma parceria com a Associação de Moradores de Regência (Amor) para a realização da Festa do Caboclo Bernardo. O termo estabeleceu que o aporte de recursos deverá ser realizado em três parcelas após a validação das prestações de contas entregues pela Associação de Moradores. Atualmente, a Fundação Renova analisa a documentação da primeira prestação de contas encaminhada e, tão logo seja aprovada, efetuará o segundo de três aportes financeiros à Amor, conforme cronograma definido", descreveu a empresa.

A Renova afirma que a seleção do serviço contratado não é de sua responsabilidade. "A Associação de Moradores organizou o evento e é a responsável pela seleção dos fornecedores que serão pagos com o recurso”.

Procurado pela reportagem, Fábio Gama afirmou (pelo WhatsApp) que o responsável pela festa é o presidente da Associação de Moradores de Regência,  Denir dos Santos. Fábio também adiantou que pretende processar a Banda Casaca por danos morais por ter seu nome envolvido no processo.  

Hudson Lyra, por sua vez, alega que a contatação do grupo foi feita diretamente com Fábio, portanto, ele é o responsável pelo pagamento do cachê. O empresário completou dizendo que, caso não receba o pagamento (sem estipular data), pretende abrir uma ação no Ministério Público contra a Renova e a Amor.

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Confusões à parte, o presidente da Amor, Denir dos Santos, confirma que o pagamento do show ainda não foi realizado. "As atrações culturais, e as bandas de congo do Estado e de Minas Gerais que participaram da festa, ainda não receberam os seus cachês. Na verdade, estamos com problemas nas prestações de conta junto à Renova. Fechamos um patrocínio de três parcelas de R$ 58.500,00. A questão é que 'apareceram' notas fiscais bem acima do gasto previsto e as contas não estão batendo. Uma assessoria terceirizada foi contratada sem o meu conhecimento e precisamos justificar isso para a empresa da Samarco", complementa.

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