> >
Enem fala de caldo de feijão, Tinder e adota estilo mais próximo da Fuvest

Enem fala de caldo de feijão, Tinder e adota estilo mais próximo da Fuvest

O segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), com questões das áreas de exatas e ciências da natureza, teve questão sobre caldo de feijão, Tinder e um estilo mais próximo da Fuvest.

Publicado em 10 de novembro de 2019 às 18:51

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). (Adriana Toffetti/A7 Press/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), com questões das áreas de exatas e ciências da natureza, teve questão sobre caldo de feijão, Tinder e um estilo mais próximo da Fuvest. 

"Foi uma prova mais conteudista, com pouca interpretação. Na direção de uma Fuvest", afirma o professor de física do sistema de ensino COC, Bernardo Copello Alves. 

Para ele, o grande desafio foi a questão do tempo. "Foi uma prova trabalhosa, para se equacionar 90 questões em cinco horas", disse. 

A professora Brunna Coelho Henrique, do COC, concorda com o estilo mais parecido com a Fuvest. Para ela, chamou a atenção uma questão muito puxada a respeito de genética, sobre a lei de Mendel.

"Tiveram questões padrão Fuvest: sobre membrana, respiração aeróbia e essa de genética", disse. 

Uma das questões citava uma conhecida tática das cozinheiras, que é usar batatas para diminuir o sal dos alimentos. A pergunta citava o caso de uma cozinheira que salgou demais o caldo de feijão e usou as batatas. 

Às 15h33 deste domingo (10), os primeiros alunos começaram a deixar o prédio da Universidade Nove de Julho, na Barra Funda, um dos tradicionais pontos de aplicação da prova em São Paulo.

Para Victor Hugo Souza, 17, o exame "foi relativamente fácil". Está é a primeira vez que ele realiza a prova e disse não ter tido grandes surpresas. "Foi tranquilo, achei matemática bem fácil. A de química estava um pouco mais complicada", afirmou.

Para Clarice Nolasco Brito, 22, que cursa direito e pretende conseguir algum desconto com o resultado do exame, estava um pouco difícil, mas dentro do que esperava. "Foi terceira vez que fiz a prova, mas a última tinha sido em 2016. Acho que com as mudanças para esse novo modelo a prova ficou mais cansativa."

Caio Pereira, 18, conta que foi um dos primeiros a concluir a prova. Ele diz que estava preparado e por isso achou o exame bem fácil. "Foi a segunda vez que fiz a prova e não mudou nada, caíram as mesmas coisas de sempre, afirmou.

Este vídeo pode te interessar

No primeiro dia de prova, os candidatos responderam questões de linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas. A primeira edição do Enem sob o governo Jair Bolsonaro (PSL) foi também a primeira em dez anos que não trouxe nenhuma questão relativa à ditadura militar (1964-1985).

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais