Fraude no Farmácia Popular é golpe contra quem paga seus impostos

É um programa do qual o país pode se orgulhar. Mas, em se tratando de Brasil, há sempre quem tente se aproveitar e encontre brechas para se apropriar desses recursos

Publicado em 08/08/2025 às 01h00
Remédios, farmácia, medicamentos
Medicamentos em farmácia. Crédito: Shutterstock

Quem frauda o Farmácia Popular, do governo federal, está atentando contra o próprio povo, basta ver a dimensão do programa que atendeu em todo o país, somente no primeiro semestre de 2025, quase 22 milhões de pessoas, dando a elas acesso a descontos e gratuidade em medicamentos.

Um benefício social que só é possível com a aplicação de recursos públicos: a população paga, através dos impostos, para que esses remédios mais baratos ou de graça cheguem a quem precisa. É um programa do qual o país pode se orgulhar. Mas, em se tratando de Brasil, há sempre quem tente se aproveitar e encontre brechas para se apropriar desses recursos.

Assim, uma operação da Polícia Federal nesta semana foi para as ruas para desbaratar uma quadrilha de sócios de farmácias credenciadas no Espírito Santo que causou um prejuízo de  R$ 5,6 milhões aos cofres públicos ao fraudar o programa. As seis farmácias investigadas, de Vila Velha e da Serra, receberam recursos financeiros do Farmácia Popular, simulando a venda de medicamentos subsidiados com os dados de beneficiários-fantasmas. Assim, prestavam contas ao Ministério da Saúde com receituários médicos falsificados e recebiam os valores das vendas que nunca aconteceram.

O Farmácia Popular não pode ser vilipendiado dessa forma, e o Ministério da Saúde parece estar atento. Recentemente, a pasta anunciou o descredenciamento  de 9.180 estabelecimentos, após a retomada da renovação anual obrigatória do credenciamento, que havia sido interrompida em 2018. Mais rigor certamente é um obstáculo às fraudes. O Ministério da Saúde também informou que o monitoramento do programa suspendeu 5 mil farmácias para “coibir irregularidades”.

Essas irregularidades não estão passando incólumes: o próprio ministério divulgou que, nos três primeiros meses deste ano,  mais de 12,7 milhões de tentativas de solicitação de medicamentos foram bloqueadas por inconsistências, uma média de mais de 140 mil por dia. É um sistema que precisa de fato ser mais protegido.

Afinal, sua finalidade é nobre. Desde fevereiro, pacientes que necessitam de tratamento para hipertensão, diabetes, asma, rinite, osteoporose, glaucoma e doença de Parkinson tem 100% de gratuidade em medicamentos e insumos. Para atingir seus propósitos com eficiência e garantir mais saúde aos beneficiários, o Farmácia Popular não pode ser roubado, porque é isso que acontece quando pessoas de má-fé resolvem fraudá-lo.

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