Publicado em 16 de novembro de 2020 às 15:42
O turismo nacional perdeu R$ 41,6 bilhões entre os meses de março e setembro de 2020, período da pandemia de Covid-19 no País. O montante representa uma queda de 44% nas receitas em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A retração é puxada, principalmente, pelo setor de transporte aéreo. >
Em setembro, o turismo apresentou o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2011 com um faturamento de R$ 8,6 bilhões. O número é 37,6% menor do que no mesmo período de 2019, representando um rombo de R$ 5,2 bilhões. Ainda de acordo com a FecomercioSP, a retração é porcentualmente semelhante ao acumulado do ano, em que o turismo nacional já viu cair em 34,1% seu faturamento.>
O prejuízo em setembro foi encabeçado pelo setor de transporte aéreo, que faturou 64,6% a menos do que no mesmo mês de 2019. Apesar do número expressivo, o cenário é de algum otimismo, porque a queda já foi maior em meses anteriores. Em agosto, por exemplo, chegou a 68,8% e, em julho, a 78,1%. Isso se explica não apenas pela baixa demanda, mas pela redução da oferta em 54,5% dos assentos no período, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).>
Na mesma linha, caíram drasticamente os faturamentos dos agentes de hospedagem e alimentação (-37,3%) e de atividades culturais, esportivas e recreativas (-24,4%). As locadoras de carros perderam 14,8% do faturamento em comparação a setembro de 2019, mas já registram dias com a totalidade dos veículos alugados em alguns fins de semana, em diferentes cidades do País.>
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Segundo a FecomercioSP, o mais preocupante é que, ao contrário de setores como o comércio e os serviços, em recuperação desde o início do segundo semestre do ano, o turismo não apresenta sinais de retomada. Por isso, a Federação defende a necessidade uma expansão da oferta de crédito para as empresas do setor, principalmente por meio de ajuda de programas do governo.>
Entretanto, dados de outra pesquisa da Federação indicam que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar - o que indica uma demanda reprimida à espera de condições para se realizar. Com isso, a FecomercioSP sugere aos empresários do setor que mantenham os canais digitais ativos. Recomenda ainda adaptar as reservas e os fluxos diante da busca de turistas por locais com flexibilidade de cancelamento ou remarcação, assim como possibilidade de reembolsos.>
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