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Senado vai votar pacote único com medidas sociais durante pandemia

Senado vai votar pacote único com medidas sociais durante pandemia

Senadores decidiram ir além do que foi apresentado pelo governo Bolsonaro para reduzir impactos do coronavírus. Veja as propostas

Publicado em 31 de março de 2020 às 17:30

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O Senado decidiu elaborar um pacote único com medidas sociais para combater o novo coronavírus no país. A decisão foi tomada em reunião de líderes partidários na manhã desta terça-feira (31).

Fachada do Congresso Nacional, em Brasília, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal: parlamentares organizam agenda própria no combate aos efeitos sociais do novo coronavírus. (Pedro França)

Os senadores decidiram adiar para quarta-feira (1º) um projeto ampliando o alcance do auxílio emergencial de R$ 600 que foi aprovado na véspera. Além das alterações discutidas, o adiamento ocorreu porque o governo ainda não havia sancionado a proposta aprovada na segunda-feira (30).

Nesse projeto, outras medidas poderão ser colocadas em uma nova votação. O conteúdo da proposta, porém, ainda está sendo costurado com a equipe econômica. O relator do projeto, Esperidião Amin (PP-SC), se reuniu na tarde desta terça com integrantes da equipe econômica.

Na semana passada, o Senado decidiu reunir os projetos relacionados à pandemia da covid-19 em tramitação na Casa e escolher quais serão colocados na frente. Como as bancadas optaram por textos diferentes, os senadores decidiram reunir as propostas de consenso em um único pacote.

Ao aprovar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, intermitentes e microempreendedores individuais na segunda-feira, o Senado separou em outro projeto as alterações sugeridas para ampliar o benefício. A nova proposta foi protocolada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

AS PROPOSTAS

O novo projeto exclui a exigência de um limite de rendimentos para o auxílio. A lei aprovada no Congresso, e pendente de sanção presidencial, não concede o "voucher" para quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018. A nova versão tiraria essa trava, colocando como condição apenas a situação de pobreza das famílias.

Além disso, a nova proposta antecipa para 2020 os novos limites de renda que dão acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O projeto que seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro deixava essa ampliação para 2021. A equipe econômica é contra o aumento de um quarto para meio salário mínimo no limite de renda do BPC. O gasto adicional seria de R$ 20 bilhões no próximo ano.

Líderes do Senado sugeriram rechear ainda mais o pacote único do Senado. A bancada do PSL, por exemplo, propôs liberar os saques integrais do FGTS. O PSD, por sua vez, quer incluir um subsídio para empresas garantirem o pagamento de despesas com a folha de salários durante a pandemia. Outra medida discutida é a fixação de uma renda mínima para situações de emergências sanitárias.

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