Publicado em 4 de novembro de 2022 às 17:04
Marcelo Rocha>
BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (4) que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informe em prazo de 48 horas o número de policiais nas estradas desde o dia 28 de outubro, antevéspera do segundo turno das eleições.>
As informações deverão ser apresentadas por estado e conter dados sobre os eventuais recrutamentos realizados para o dia da votação, domingo (30), "devendo haver detalhamento das lotações de origem dos policiais, bem como para onde foram enviados em missão", segundo Moraes.>
A ordem foi dada nos autos de uma ação movida pela Confederação Nacional do Transporte, a mesma que motivou, na noite da segunda (31), a decisão do ministro para que a PRF agisse de forma efetiva no enfrentamento aos protestos golpistas nas rodovias do país.>
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Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) deram início aos protestos na noite de domingo (30), logo após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. As manifestações se intensificaram no dia seguinte e foram registrados mais de 400 pontos de bloqueio.>
Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram policiais rodoviários apenas monitorando os protestos e alguns em conversas amistosas com os manifestantes. >
A Folha mostrou que o número de policiais rodoviários federais que atuaram nas estradas do país na última segunda foi similar ao de outras segundas de outubro.>
Estavam na escala do dia seguinte ao segundo turno das eleições 2.310 agentes. Em outras três segundas-feiras do mês (3, 10 e 24), os efetivos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram de 2.018, 2.271 e 2.333 agentes, respectivamente. Portanto, não houve reforço imediato para o atendimento à situação emergencial.>
A polícia ampliou o efetivo somente na terça (1º), chegando a 3.327 agentes, após determinação do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes. Os dados incluem todos os policiais que, nas 24 horas da data, atuaram nas rodovias.>
Procurada, a PRF afirmou que não pode disponibilizar dados sobre a quantidade de policiais "por conta do dever legal de guardar sigilo sobre informações que possam vir a ferir a segurança orgânica da instituição e de seus servidores".>
Disse ainda que "vem trabalhando incansavelmente para restabelecer o fluxo nas rodovias federais com um incremento de 400% em seu efetivo".>
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