> >
Maia diz que Renda Brasil é 'mais do mesmo'

Maia diz que Renda Brasil é "mais do mesmo"

Maia também disse que o governo deveria avançar em uma proposta para criar mobilidade social, em vez de apenas focar na transferência de renda

Publicado em 6 de julho de 2020 às 08:20

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, em meio à pandemia do coronavírus
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, em meio à pandemia do coronavírus. (Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos DeputadosRodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste domingo (5) que o programa Renda Brasil, em estudo pelo governo para substituir o Bolsa Família, é "mais do mesmo".

Maia também disse que o governo deveria avançar em uma proposta para criar mobilidade social, em vez de apenas focar na transferência de renda.

"Olha, eu acho que o Renda Brasil é mais do mesmo, é unificar o que já existe de programa, ampliar o valor médio de R$ 180 para R$ 230, R$ 250 e manter isso como um programa de transferência de renda. Eu acho que precisamos ir além do programa de transferência de renda", disse o presidente da Câmara, em entrevista à GloboNews.

"Só unificar apenas como uma transferência de renda, esse programa já existe", disse, respondendo se o Renda Brasil seria apenas uma renomeação do Bolsa Família, muito ligado aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).

O governo estuda encaminhar ao Congresso nos próximos dias a proposta do Renda Brasil. Trata-se de um programa de transferência de renda que vai unificar os demais existentes e que vai permitir que os beneficiários tenham outras fontes de renda.

Maia, por sua vez, disse que é necessário manter um programa de transferência de renda, mas que o modelo atual não impactou o problema da desigualdade. Por isso seriam necessárias formas para "premiar" as famílias que cumpriram suas obrigações no programa para facilitar a "transição" para uma nova fase da vida.

"Nós precisamos manter uma parte do recurso de transferência para garantir que nenhum brasileiro fique abaixo da linha da pobreza, ou da extrema-pobreza e somar isso com uma variável onde a gente estimule a mobilidade social das famílias", afirmou.

Maia explicou que uma proposta mais abrangente teria como objetivo "premiar" famílias que conseguiram abandonar o Bolsa Família. Tendo como base os indicadores sociais presentes no Cadastro Único do governo federal, seria possível então oferecer auxílio para que essas pessoas fizessem a "transição".

O presidente da Câmara voltou a comentar a necessidade da aprovação de uma reforma tributária no segundo semestre, para tornar o sistema brasileiro mais preparado para a retomada após a crise do novo coronavírus.

Maia também defendeu a realização de uma reforma administrativa, para tornar a máquina pública mais eficiente e acabar com distorções, que privilegiam a elite do funcionalismo público.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais