Publicado em 9 de junho de 2020 às 10:18
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 3,0 pontos na passagem de abril para maio, para 42,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (9). O avanço sucedeu uma perda de 52,6 pontos acumulada entre fevereiro e abril. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 16,4 pontos. >
"Após atingir o menor nível desde 2008 em abril, o IAEmp registrou, em maio, variação positiva. Contudo, o resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série. A elevada incerteza ainda não permite imaginar cenários de recuperação do mercado de trabalho no curto prazo, o que deve fazer com que o indicador continue registrando números baixos nos próximos meses", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.>
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1,2 ponto em maio ante abril, para 99,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 2,5 pontos no ICD.>
"O ICD mantém, em maio, a tendência de piora no mercado de trabalho iniciada nos últimos meses. O resultado sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo já no 2º trimestre e ainda sem indicações de reversão dessa tendência no curto/médio prazo", completou Tobler.>
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O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado.>
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.>
No IAEmp, cinco dos sete componentes tiveram alta em junho. O item que mede o Emprego Previsto no setor de Serviços (+5,6 pontos) e o de Tendência dos Negócios da Indústria (+5,5 pontos) foram os que mais subiram no mês.>
No ICD, a alta em junho foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para a média global foi das famílias com renda mais baixa, de até R$ 2.100 mensais (+2,0 pontos) e da faixa de renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, (+1,4 ponto).>
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