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Fraude no INSS: 'Se tiver filho meu metido nisso, será investigado', diz Lula

Fraude no INSS: 'Se tiver filho meu metido nisso, será investigado', diz Lula

Presidente foi questionado sobre supostas ligações de Lulinha com o Careca do INSS; 'Ninguém ficará livre', afirmou o petista

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 14:07

BRASÍLIA - O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (18) que caso seu filho estiver envolvido nas fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) , ele será investigado. Ele foi questionado sobre possíveis ligações de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, com o Careca do INSS, que é um dos principais alvos de investigação da PF que apura fraudes nos descontos associativos do INSS.

"Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu metido nisso, será investigado. Se tiver o [ministro da Fazenda Fernando] Haddad vai ser investigado, o [ministro-chefe da Casa Civil] Rui Costa com essa seriedade vai ser investigado", afirmou.

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

"Não é possível admitir em país que milhões de aposentados ganham salário mínimo alguém tentando expropriar dinheiro de aposentado com promessas falsas. O que eu posso dizer é que naquilo que depender da Presidência da República tudo será feito para que a gente dê lição para esse país", continuou.

A investigação da PF teve uma nova operação nesta quinta-feira (18). Ela fez buscas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA) nesta quinta em uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos sobre aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS.

Weverton é líder do PDT no Senado e um dos vice-líderes do governo.

Ele entrou na mira de integrantes da CPI do INSS, que investiga os desvios nos benefícios, depois que pessoas ligadas a ele apareceram nas investigações sobre o esquema de fraudes.

O escândalo do INSS foi uma das principais crises do governo neste ano, e levou Lula a demitir Carlos Lupi do Ministério da Previdência.

A ação também prendeu o secretário-executivo do ministério, Adroaldo da Cunha Portal, que já foi assessor de Weverton. Ele ficará preso preventivamente em regime domiciliar.

O atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz, comunicou que determinou a exoneração de Adroaldo após a operação. O procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, assumirá a função de secretário-executivo.A casa de Weverton em Brasília é um dos endereços de busca e apreensão. Não houve ações no gabinete do parlamentar no Senado.

A assessoria da pasta também afirmou que o órgão e o INSS "permanecerão contribuindo ativamente com as investigações e atuando para recuperar os recursos desviados por esse esquema que começou no governo anterior, mas foi interrompido neste governo".

Acusado de ser um dos operadores do esquema, Antunes declarou à CPI do INSS que foi a um churrasco de costela na casa do senador, quando teria falado com ele sobre a regulação da venda de derivados de cannabis — ou seja, uma atividade de representação empresarial sem ligação com descontos em aposentadorias. Weverton também é o relator da sabatina de Jorge Messias, indicado de Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal), no Senado.

A aprovação de Messias para o cargo depende da avaliação dos senadores, e a figura de Weverton era relevante para a articulação do governo na sabatina.

O senador foi uma ponte de Lula com o Congresso neste caso, uma vez que a relação com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP) estava estremecida com a indicação do advogado. A opção de Alcolumbre, com apoio de outros parlamentares, era Rodrigo Pacheco (PSD-MG), descartado por Lula.

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