Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 09:52
"Meu desespero foi grande. Não sabia se falava com o coordenador da escola ou com minha mãe", conta a estudante Anna Júlia de Lima Cabral sobre a pane nos sistemas do Google momentos antes de fazer uma prova online no Google Forms. Ela preferiu o caminho da coordenação, mas muitos outros alunos, todos em ensino à distância por conta da pandemia, recorreram aos pais. >
"Começamos a receber ligações de pais tentando entender por que seus filhos não conseguiam se conectar", explica Sueli Cain, diretora geral da escola Mater Dei em São Paulo. Antes do isolamento social, o colégio já tinha sua plataforma de ensino integrada à do Google. Foram afetados 241 alunos entre 5 e 17 anos: 61 deles (entre 11 e 17 anos) estavam iniciando a segunda semana de atividades de recuperação. Os outros 180 (de 5 a 10 anos) estavam em aula. >
"Enviamos uma mensagem aos pais pelo app interno do colégio e retomamos as atividades às 9h55", explica ela. >
No número mais recente divulgado, o Gmail tinha 1,5 bilhão de contas, o que tem efeito claro também no mundo corporativo. Sem conseguir fazer reuniões e enviar e-mails, muitas direcionaram os esforços para serviços parecidos. Até o Google sentiu na pele.>
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O Estadão apurou que os funcionários da empresa no Brasil tiveram de recorrer ao WhatsApp, que pertence ao Facebook, para trabalhar. >
A situação se repetiu em outras empresas. "Minhas reuniões da manhã só foram retomadas às 11h", explica a designer Aline Arielo, 35, que trabalha em uma empresa de desenvolvimento de sistemas em Campinas (SP). >
Até grandes executivos foram afetados. Marcelo Bacci, CFO da Suzano, falaria ao vivo no YouTube na manhã de ontem sobre os rumos da empresa, mas o encontro teve de ser adiado.>
Fora do Brasil, há relatos ainda mais bizarros. Usuários que têm automações residenciais usando a plataforma do Google acabaram sem luz. Lâmpadas inteligentes deixaram de acender.
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