> >
Em dia de vencimento de opções e futuros, Bolsa fecha em baixa de 1,36%

Em dia de vencimento de opções e futuros, Bolsa fecha em baixa de 1,36%

Em sessão bem pouco volátil se comparada a vencimentos anteriores, o volume financeiro superou os observados em março e fevereiro

Publicado em 15 de abril de 2020 às 18:15

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios
Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios. (Bruno Rocha/Agência O Globo/ Arquivo AG)

Em dia de vencimento de opções e do Ibovespa futuro, o índice à vista acentuou ainda que moderadamente as perdas no fechamento, em baixa de 1,36%, aos 78.831,46 pontos, com correção mais amena do que a observada nos mercados de Nova York e da Europa. Na semana, o Ibovespa passa a acumular ganho de 1,48% e, no mês, de 7,96%, cedendo agora 31,83% no ano. Em sessão bem pouco volátil se comparada a vencimentos anteriores, o volume financeiro superou os observados em março e fevereiro, quando haviam atingido, respectivamente, as marcas de R$ 58,9 bilhões e R$ 74,6 bilhões - em janeiro, a leitura foi mais fraca, a R$ 32,2 bilhões. Hoje, o giro totalizou R$ 97,4 bilhões, com folga o maior do ano.

Entre as blue chips, Petrobras PN fechou o dia em baixa de 2,09% e a ON, de 3,26%, enquanto Vale ON cedeu 3,01%. Os bancos e as siderúrgicas também tiveram desempenho negativo na sessão, com destaque para Gerdau PN (-2,16%) e Santander (-4,10%). Na ponta do Ibovespa, Gol PN subiu 7,16%, Natura, 6,78%, e Cogna, 6,78%. No lado oposto, BR Malls caiu 4,12%, Santander cedeu 4,10% e Bradesco ON, 3,94%. Na mínima de hoje, o Ibovespa foi a 77 545,67 pontos e, na máxima, a 80.034,78 pontos.

No exterior, os índices acionários foram derrubados por balanços americanos, especialmente os de bancos, aquém das expectativas, por dados sobre as vendas do varejo e a produção industrial dos EUA ainda piores do que se temia e por novo alerta da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre a demanda global pelo petróleo, que pressionou em especial os preços do Brent, a referência global.

"O rompimento do presidente Donald Trump com a OMS também foi um fator de estresse, porque adiciona um elemento a mais de incerteza em momento em que ainda não há controle da doença", diz Marcio Gomes, analista da Necton, referindo-se também a dificuldade de o Ibovespa se manter acima da linha tecnicamente relevante dos 80 mil pontos, embora tenha se aproximado e mesmo rompido tal referência, ontem.

"Os investidores aos poucos têm voltado, de forma seletiva, demonstrando preferência por empresas que, mesmo na crise, têm demonstrado resiliência, especialmente em função do caixa", acrescenta o analista, referindo-se em particular a ações do setor de varejo e consumo, como Magazine Luiza (+2,26%) e BRF (+1,22%).

Outro fator, doméstico, que pode acrescentar tensão adicional é a virtual saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, antecipada, hoje, pelo pedido de demissão do secretário de Vigilância e Saúde, Wanderson de Oliveira. Segundo o próprio ministro disse nesta quarta-feira a parlamentares, a efetivação de sua saída deve ocorrer entre hoje e amanhã.

"Embora muito disso já esteja no preço, quando vier a confirmação pode haver algum ruído", observa Gomes, da Necton, tendo em vista que a relação entre o governo e o Congresso anda estressada, como visto nas alterações efetivadas pela Câmara ao programa de socorro a estados e municípios. Mandetta pertence ao DEM, mesmo partido dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. O mercado também acompanha de perto a votação do Orçamento de Guerra, no Senado.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais