Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 15:25
- Atualizado há 5 anos
Em mais um capítulo da discussão sobre o preço dos combustíveis no país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (12) que caberá aos secretários de Fazenda dos Estados decidir a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual que incide sobre os combustíveis e que o governo federal tenta mudar a forma de cálculo para reduzir o preço nas bombas.>
Bolsonaro disse a apoiadores, na entrada do Palácio da Alvorada, que aguarda parecer do Ministério da Economia para apresentar um projeto que muda a cobrança do ICMS cobrado sobre os combustíveis. A ideia é que a proposta estabeleça que a cobrança seja feita sobre o valor da refinaria.>
No entanto, segundo o presidente, caberia ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e a cada Estado decidir se o imposto será cobrado por um valor fixo ou um percentual sobre o valor da refinaria.>
"Eu não quero e nem posso, não posso e não vou interferir no ICMS, mas de acordo com emenda constitucional de 2001, o Confaz vai decidir se o cobrado em cada litro de combustível pelos governadores é um valor fixo ou um percentual do preço do combustível na refinaria. E em um segundo tempo, os senhores governadores, junto com as respectivas Assembleias Legislativas, vão decidir o valor desse percentual fixo ou o percentual em cima do preço na refinaria", afirmou. >
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Os projetos devem ser apresentados somente após o Carnaval, segundo o presidente. Aos apoiadores, o presidente pressionou governadores a reduzir impostos e disse para os Estados seguirem o exemplo do governo federal, que planeja reduzir o PIS/Cofins dos combustíveis.>
"Espero que os outros também sigam o mesmo exemplo. Você vai diminuir o preço do frete. Você vai comprar coisa mais barata no supermercado. Eu acho que é uma bola de neve morro acima. É o contrário. Temos como realmente praticamente zerar a inflação, ajudar a todos aqui no Brasil", afirmou.>
Bolsonaro disse que quer flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal para poder reduzir o PIS/Cofins sobre combustíveis sem indicar uma compensação financeira. >
"Pessoal reclama 'você não reduziu imposto'. Para eu reduzir, pela Lei de Responsabilidade Fiscal que existe, eu tenho que arranjar o que eu reduzir aqui em outro lugar. Eu tenho que fazer a compensação", disse Bolsonaro a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. O diálogo foi transmitido por um canal simpático ao presidente.>
"Eu quero ver se no caso que nós vivemos, já que muita gente fala que, situação crítica que vivemos, em parte eu considero, se eu posso reduzir, por exemplo, o PIS/Cofins no combustível e sem a compensação", disse Bolsonaro.>
O presidente argumentou que, para cada R$ 0,01 reduzido de PIS/Cofins, são necessários cerca de R$ 700 milhões como compensação.>
"Atualmente o diesel está em R$ 0,33, vezes 700, dá uns R$ 23,24 bilhões. Vou tirar da onde? Tem que aumentar imposto onde? Inventar uma CPMF? Não dá. Trocar seis por meia dúzia? Cobrir um santo e descobrir o outro?", disse Bolsonaro.>
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