Publicado em 7 de abril de 2020 às 17:11
O ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) afirmou nesta terça-feira (7) que o auxílio emergencial de R$ 600, destinado para amenizar impactos econômicos do novo coronavírus sobre informais, não poderá sofrer débitos pelas instituições financeiras.>
Esses recursos não serão, por exemplo, consumidos pelo cheque especial do beneficiário, caso haja uma dívida em aberto.>
Segundo Onyx, o dinheiro ficará "protegido", fruto de um acordo do governo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban ).>
Onyx Lorenzoni
Ministro da Cidadania"Não vai haver nenhum débito neste recurso que terá origem na Caixa para o sistema financeiro brasileiro", complementou.>
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De acordo com a Caixa, uma mensagem de alerta sobre a possibilidade de débito foi colocado na primeira versão do site que foi ao ar nesta terça-feira para o cadastramento de beneficiários. O banco ressaltou que, após acordo firmado com os bancos, essas cobranças não poderão ser feitas e os alertas do site e do aplicativo serão excluídos.>
A intenção do auxílio é amenizar o impacto da crise do coronavírus sobre a situação financeira dos trabalhadores que estão na informalidade, considerados mais vulneráveis aos efeitos econômicos da pandemia.>
O governo disponibilizou ferramentas digitais para que possíveis beneficiários do auxílio emergencial se cadastrem e peçam os benefícios. Os pagamentos devem começar a ser feitos na quinta (9).>
A Caixa lançou um site para que pessoas que se enquadram no benefício solicitem o auxílio (https://auxilio.caixa.gov.br/).>
Um aplicativo de celular também está disponível para download para celulares Apple e para aparelhos com Android.>
O benefício, pago por três meses, será de R$ 600 a trabalhadores informais e de R$ 1.200 para mães responsáveis pelo sustento da família.>
O cadastramento deve ser feito por pessoas elegíveis que não fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).>
Pessoas já inscritas nos sistemas do governo não precisarão fazer esse processo. Devem usar esse mecanismo apenas microempreendedores individuais, contribuintes individuais do INSS e informais que não fazem parte de nenhum programa federal.>
Os repasses a beneficiários do programa Bolsa Família seguirão o calendário usual do programa. Para todos os outros, o governo apresentou a expectativa de datas para os pagamentos.>
Até quinta-feira, deve estar liberada a primeira parcela do benefício. A segunda parcela está prevista para 27, 28, 29 e 30 de abril.>
Será levada em conta a data de aniversário do beneficiário. Quem nasceu em janeiro, fevereiro e março, por exemplo, recebe no primeiro dia, dia 27. Essa ordem será seguida até a conclusão dos pagamentos.>
A terceira e última parcela será quitada até o fim de maio, com pagamentos a partir do dia 26.>
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o programa vai incluir 30 milhões de brasileiros em contas digitais gratuitas, com possibilidade de fazer pagamentos e transferências sem custo.>
A equipe econômica estima que o programa de socorro custará R$ 98 bilhões aos cofres públicos. Uma medida provisória para liberar esses recursos e garantir os pagamentos foi editada na última semana.>
Têm direito ao benefício cidadãos maiores de 18 anos que não têm emprego formal; não recebem benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família; têm renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135); não tenham recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.>
O auxílio também vale para quem exerce atividade de microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social e para o trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único ou que cumpra o requisito de renda até 20 de março de 2020.>
O recebimento do benefício está limitado a dois membros da mesma família. O auxílio substituirá o benefício do Bolsa Família nas situações em que for mais vantajoso.>
Inicialmente, a equipe econômica queria conceder R$ 200 mensais aos informais. Pouco depois, admitiu elevar o valor a R$ 300.>
Pressionado por parlamentares, o presidente Jair Bolsonaro decidiu anunciar o aumento do valor para R$ 600 com o objetivo de tentar esvaziar o discurso da oposição no Congresso e retomar protagonismo sobre a medida.>
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