Publicado em 7 de agosto de 2020 às 11:47
Os bancários começaram nesta terça-feira (4) as negociações da convenção coletiva da categoria reivindicando a inclusão de cláusulas para a regulamentação do home office. >
O Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria, pede que as empresas forneçam equipamentos adequados, paguem as despesas com energia elétrica e internet, treinem os trabalhadores que permanecerão no regime, marquem reuniões com ao menos 24 horas de antecedência e controlem a jornada.>
O comando pede ainda que os bancos não imponham metas superiores às cobradas do trabalhador presencial e que seja criado um grupo de acompanhamento do home office formado por representantes dos trabalhadores e da empresa.>
Nessa primeira reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), não houve acordo sobre a regulamentação, mas o assunto deve ser retomado ao longo de agosto, quando ocorrem as negociações da convenção.>
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Segundo pesquisa feita com 11 mil bancários pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), vinculada à CUT, 78% dos respondentes afirmaram que tiveram aumento na conta de luz e 42% afirmaram que gostariam de adotar um regime híbrido de trabalho.>
Uma segunda rodada de negociações com a Fenaban foi realizada nesta quinta (6) sobre manutenção do emprego. A categoria teme que, diante da adoção do home office e da ampliação da digitalização dos serviços, os bancos reduzam seus quadros.>
"A aplicação de tecnologia precisa de fato gerar ganhos para todos os agentes envolvidos no processo, ou seja, empresas, trabalhadores e consumidores, no entanto, não é o que se observa no caso dos bancos. Os clientes seguem pagando as mais elevadas taxas de juros e tarifas bancárias do mundo", afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva.>
Na próxima semana, estão previstas reuniões para negociação de cláusulas referentes a saúde e condições de trabalho, igualdade e questões sociais.>
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