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Auxílio emergencial evita queda nas compras por cartão de débito

Auxílio emergencial evita queda nas compras por cartão de débito

Se não fosse pelo auxílio, as compras feitas pelos brasileiros com cartão de débito teriam caído 2,3% no segundo trimestre em comparação a igual período do ano passado

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 17:00

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Aplicativo Caixa Tem por ele é possível receber crédito do auxílio emergencial, BEm e FGTS
Aplicativo Caixa Tem por ele é possível receber crédito do auxílio emergencial, BEm e FGTS. (Siumara Gonçalves)

O auxílio emergencial criado pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus evitou que as compras feitas por cartão de débito sofressem queda no segundo trimestre, período apontado por economistas como o "fundo do poço" da crise econômica.

Lançado com o intuito de minimizar os efeitos da crise sobre os brasileiros mais vulneráveis, o auxílio começou a ser pago em abril, no valor de R$ 600 mensais, e tem sido depositado em contas digitais criadas na Caixa Econômica Federal.

Se não fosse pelo auxílio, as compras feitas pelos brasileiros com cartão de débito teriam caído 2,3% no segundo trimestre em comparação a igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Com o benefício, houve um ligeiro avanço de 0,3%, para R$ 150,4 bilhões, praticamente estável em relação ao segundo trimestre de 2019. A contribuição do auxílio foi de cerca de R$ 4 bilhões.

Na análise mês a mês, o efeito do benefício do governo fica mais claro. Em maio, o primeiro mês após o início das transferências do auxílio, as compras com cartão de débito cresceram 2,6% em relação a maio de 2019, após retração de 13% em abril, o pior mês da crise. Se não fosse o benefício, as compras teriam recuado 1,2% em maio. Em junho, houve expansão de 6,8% sem o auxílio e de 10,7% com o auxílio.

Sem a ajuda do benefício para impulsionar os resultados, as compras com cartão de crédito caíram 11,9% no segundo trimestre ante igual período do ano passado, para R$ 242,7 bilhões. Houve retração até em junho, mês que teve expansão no débito mesmo sem o auxílio. No último mês do primeiro semestre, as aquisições feitas no crédito recuaram 7,5%.

Considerando todas as modalidades de pagamento (crédito, débito e pré-pago), houve contração de 7,7% no uso de cartões no segundo trimestre, para R$ 400,7 bilhões. No fechamento do primeiro semestre, houve crescimento de 3%, para R$ 876,4 bilhões, ainda com a contribuição do primeiro trimestre, que só foi afetado pela pandemia na segunda quinzena de março.

Influenciado também pela pandemia, o uso da aproximação nos pagamentos por cartões cresceu 330% no primeiro semestre, para R$ 8,3 bilhões. Trata-se, no entanto, de uma pequena participação no total do valor transacionado no período. O volume representa menos de 1% do uso de cartões na primeira metade do ano.

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